quinta-feira, 29 de julho de 2010

Senadores põem na campanha assessores pagos pelo Congresso

Leandro Colon / Brasília - O Estado de S.Paulo


Levantamento feito pelo 'Estado' identifica uma intensa transferência de servidores registrados em Brasília para os redutos eleitorais dos parlamentares; reportagem flagrou auxiliares que recebem salário do Senado atuando na campanha
29 de julho de 2010 | 0h 00


Uma tropa de cabos eleitorais pagos pelo Senado está trabalhando na campanha dos senadores candidatos nos Estados. São assessores que, oficialmente, deveriam apenas cumprir expediente nos gabinetes, mas estão nas ruas pedindo voto, coordenando e ajudando na corrida eleitoral dos parlamentares.


Levantamento feito pelo Estado identificou uma intensa transferência de servidores registrados em Brasília para os redutos eleitorais dos senadores e a reportagem flagrou assessores que recebem salário do Senado atuando na campanha.

A reportagem constatou que, dos 53 senadores que disputam as eleições, 33 aumentaram o quadro de servidores de confiança entre julho de 2009 e julho de 2010 e transferiram a maioria para os Estados. Quem não aumentou adotou a segunda manobra e tirou seus funcionários de Brasília. Só nos últimos 23 dias, desde o início oficial da campanha, 53 assessores foram realocados, segundo dados do sistema interno de Recursos Humanos, para os "escritórios de apoio" dos senadores, entre eles os dos candidatos Renan Calheiros (PMDB-AL), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Heráclito Fortes (DEM-PI), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Paulo Paim (PT-RS). Desde início de fevereiro, foram cerca de 175, uma média de uma transferência por dia.

Os senadores aproveitaram a calmaria no Congresso - serão realizadas apenas duas semanas de votações até as eleições de outubro - para esvaziar seus gabinetes em Brasília. Hoje, há cerca de 1,1 mil assessores espalhados pelo País recebendo salários do Senado sem nenhum tipo de fiscalização por perto que os impeça de atuar como cabos eleitorais.

Velho hábito. O Senado regulamentou no ano passado a antiga prática dos senadores de ter assessores de confiança nos escritórios regionais com um controle de frequência quase nulo. A campanha eleitoral deste ano é a primeira em que é possível saber o número oficial de funcionários do Senado à disposição dos parlamentares nos Estados durante a disputa, uma vantagem estrutural em relação aos demais adversários.

Candidato a governador do Paraná, Osmar Dias (PDT) tem apenas três servidores oficialmente registrados em Brasília, informação confirmada ontem pela reportagem em visita a seu gabinete. Outros 21 estão como assessores no Estado.

Primeiro-secretário do Senado e candidato à reeleição, Heráclito Fortes colocou 25 servidores no Piauí e deixou apenas 8 em Brasília.

Vice-presidente da Casa e de olho na eleição para governador, o tucano Marconi Perillo deslocou 25 assessores para Goiás e manteve apenas quatro no Senado. Os campeões são Efraim Morais (DEM-PB) e Mão Santa (PMDB-PI). O paraibano tem, oficialmente, 52 servidores lotados em seu Estado durante a campanha, enquanto o peemedebista conta com 34.

Em Santa Catarina, os dois senadores postulantes ao governo encheram seus escritórios de apoio no Estado. Dos 26 assessores de Raimundo Colombo (DEM), 20 trabalham em Santa Catarina. Entre os 22 funcionários de Ideli Salvatti (PT) no Estado está Claudinei do Nascimento. Além de secretário de finanças do diretório do PT, é um dos coordenadores de campanha de Ideli.

Oficialmente, recebe salários do Senado como assessor no escritório de apoio dela, que tirou licença durante a campanha.

São Paulo. Os dois senadores paulistas que disputam a eleição de outubro têm mais assessores nos Estados do que em Brasília. Candidato ao governo, Aloizio Mercadante (PT) tem 16 servidores em São Paulo e apenas cinco no Congresso. Já Romeu Tuma (PTB) goza dos serviços de 15 funcionários por perto. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) faz parte do grupo que tem transferido assessores para o Rio nos últimos meses. São 20 até o momento ao lado do parlamentar.

Um dado curioso: o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) não tem nenhum funcionário lotado em Brasília, mas 29 estão em seu Estado. A artimanha foi colocar servidores que vivem na capital federal como funcionários da liderança do PSB - o regimento permite que apenas gabinetes de senadores tenham assessores nos Estados. O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, é o suplente na chapa de Valadares ao Senado.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pôs 16 assessores em Roraima, enquanto o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), terá, durante a campanha para deputado federal, 21 servidores em Pernambuco. Seu aliado e candidato a governador, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), deixou apenas sete assessores em Brasília e lotou 19 no Estado.U


ESTA MATÉRIA FOI EXTRAÍDA NA ÍNTEGRA NO SITE DO ESTADÃO. VEJA EM:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100729/not_imp587471,0.php

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os opostos: @PauloGarciaPT e @irisaurelio

Existem diferenças gritantes entre os homens públicos em Goiás. Um fato que chamou a atenção dos navegantes digitais foi a determinação do TRE, nesta segunda-feira, de que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, abandonasse seu perfil no micro-blog Twitter. Segundo o órgão, o prefeito estaria atuando contra a legislação eleitoral. No processo, foi citado que Paulo Garcia utilizava sua página como objeto de campanha pró-Iris, candidato ao governo do estado. A representação foi feita pelo PPS, partido sem expressividade no cenário político goiano, aliado do PSDB.


A determinação foi sumária, já que não havia sido notificada antes ao prefeito, como forma de alerta, as possíveis irregularidades do proprietário do perfil. Particularmente, acredito que a ação tenha sido de maneira que se chegou ao fim, sem que tivessem sido analisados os “meios”. A suspensão do perfil do prefeito, foi comemorada por muitos tucanos, que fazem parte do Twitter, como ferramenta de interatividade. Por outro lado, e em contra partida, a determinação deu início a uma movimentação favorável ao petista.

Paulo Garcia tornou-se uma pessoa cativa de muitos goianos. Assumiu a prefeitura de Goiânia após Iris Rezende deixar o cargo para disputar o Governo em 2.010. Desde então, aderindo à moda do site de relacionamentos, o prefeito passou a colher e ouvir pedidos e aclamações de goianos, que interagem com ele, por meio do seu perfil @PauloGarciaPT . Foram inúmeros pedidos e solicitações que recebeu e sempre se mostrou atencioso e educado com a população e com todos mais que com ele interagissem.

Com certeza, as atitudes de Paulo Garcia foram mais do que louváveis. Com isso, tornou-se uma figura carismática e solícita entre os internautas. Totalmente diferente de outro prefeito, que atende pelo nome de Iris Aurélio.

Prefeito reeleito pelo PSDB de Cristianópolis, Iris Aurélio tem 34 anos e faz uma espécie de oposto, a tudo aquilo que acostumamos a ver Paulo Garcia fazer. Também na noite de segunda-feira, o administrador do município, distante cerca de 90 quilômetros de Goiânia, teceu ácidos comentários para não dizer ofensivos, contra alguns outros tuiteiros.

Eis alguns deles:

PARECE QUE O PREFEITO TEM UM SENSO DE HUMOR BASTANTE ESTRANHO, ALÉM DE ACUSAÇÕES, SEM PROVAS, SOBRE A SEXUALIDADE DE SEUS DEBATEDORES. HOMOFOBIA?

“...vira homem. Quer falar asneiras eu sei, quer falar sério eu sei tbm. Agora vc e seu amiguinho tava zuando o [...] e agora”

“...ai gente. To achando que foi vc que entrou no jogo do SANTOS X SÃO PAULO, conheço uma bicha até pelo twitter! AI GENTE..kkk”




DIFERENTEMENTE DO QUE PREGAM OS TUCANOS SOBRE O DISCURSO DE “ALTO NÍVEL” E SOBRE O “SALTO ALTO” NA CAMPANHA, IRIS AURÉLIO DÁ OUTRA AULA DE HUMILDADE:

“...adoro ganhar dos 15, já ganhei 2 x. Mais acho que MODEBA está em extinção, deve acabar nesse ano, não tenho dúvidas disso!”

“...aqui quebramos tabús amigo, lembra de 1998, 2002, 2006 (essa foi foda), e vamos continuar agora em 2010 MODEBA!!!”

NO DEBATE, SENDO REBATIDO POR SEU ADVERSÁRIO, O PREFEITO FAZ OUTRAS ACUSAÇÕES. EM UMA DELAS, ACUSA DONA IRIS DE ENRIQUECIMENTO ILICITO:

“...quem lambe são vcs MODEBAS. E pra vc, pode me chamar de IRIS Aurélio, tá MODEBA!”

“...é amigo os 5 milhões foi a devolução do roubo da CAIXEGO, devolvido pelo irmão do MODEBA amigo. Memória curta hein!!!”

“...não rouba mesmo não D. IRIS, com o salário de Dep. Federal saltou de um patrimônio de R$ 0,00 para R$ 14 milhões, babou...”

APESAR DE DIZER QUE É A FAVOR DA AÇÃO DO TRE COM RELAÇÃO A PAULO GARCIA, IRIS AURELIO COMETE O MESMO ERRO, OU ATÉ PIOR:

“...o twitter continha logo da Prefeitura de Goiânia, não era o twitter pessoal dele e sim institucional, concordo com o TRE!”

O PERFIL @rodeioshowcrist FAZ APOLOGIA E RASGA ELOGIOS A MARCONI PERILLO DE MANEIRA ELEITOREIRA. O SITE DO EVENTO ANUNCIADO ESTÁ NO DOMINIO DA PREFEITURA DE CRISTIANÓPOLIS:

CONFIRA AQUI http://bit.ly/906cm4

Aqui seguem alguns posts publicados pelo perfil do evento no Twitter @rodeioshowcrist

“...@marconiperillo Nosso Governador, aqui é o Leandro, fiquei maravilhado hoje no Goiania Arena junto com o Pref. Iris Aurélio e comitiva.”

“@marconiperillo e reforçamos o convite para nosso Rodeio Show, cidadão do povo, Senador Marconi o Sr. merece 246 cidadanias, ab. Leandro”



Isso não seria o mesmo erro cometido pelo prefeito de Goiânia e que ele julgou como falho? Será que o prefeito Iris Aurélio havia pensado nisso antes?
E ainda para fechar com chave de ouro, veja o que mais ele falou sobre as declarações de Marconi Perillo, sobre a Polícia Militar do Estado de Goiás, em um post direcionado a Ersnesto Roller.

“@ErnestoRoller que bomba o que Deputado. O senhor mais do que ninguém, sabe que tem as milícias sim. Marconi fez correto, os bons concordam!”


Sabemos que teoricamente, a justiça existe para todos. Será que ações assim, são passíveis de punição por se tratar de um prefeito e conseqüentemente, de um homem publico? Pelo menos, acredito que o perfil de Paulo Garcia, era muito mais útil do que de muitos por aí. Pelo menos ele, apesar do erro, se comportava de maneira descente.

domingo, 25 de julho de 2010

Marconi 2010


Não há como duvidar que Marconi Perillo, tem uma grande força política. Em 2.010, o senador veio com força total para disputar as eleições ao Governo do Estado. Marconi é detentor de dois destes títulos e agora busca seu “tri-campeonato”. Embasado no mote de “discurso de alto nível”, Marconi vem arrebatando multidões apaixonadas pela sua trajetória política.

Para muitos, ele trouxe avanços durante o período que habitou a “casa verde”. Para outros, parece ter restado pontas de mágoas, por coisas quase inexplicáveis. Este, talvez, seja um dos motivos que geram tantas críticas ao candidato. Mas sabemos que sobre estes motivos, nada saberemos.

Teoricamente, tentar manter, de maneira celestial, os vindouros discursos, será algo quase que impossível de se fazer. Eu, particularmente, desconheço uma única campanha ao governo do estado, que isso tenha acontecido. E ao que não é preciso ter dons mágicos para perceber, Marconi este ano, pode estar se preparando para enfrentar uma dura artilharia contra ele.

Em campanha para retornar ao Palácio das Esmeraldas, desde que foi para o Senado, o tucano tem se empenhado em ganhar tempo e território nos municípios goianos. É claro que isso lhe oferece vantagem sobre os outros. Mas para quem acompanha a história do chamado “menino da camisa azul”, sabe do grande potencial que tem. Não foi por acaso, que se elegeu ao Senado com uma votação recorde, dentro da política nacional.

Um dos fatos que geraram observações, mais acentuadas, pela ala adversária, foi a divulgação do nome de seu vice logo no início da pré-campanha. Junior Friboi teve seus minutos de fama. Dada como certa sua vaga de vice do senador para as eleições de outubro. Porém, pouco se sabe por qual motivo ele não era mais cogitado para o cargo. Seu nome seria depois, cogitado para a disputa como senador. A notícia não agradou Demóstenes Torres e muito menos Lucia Vânia. Já que, um dos dois, teria que abrir mão da disputa pela reeleição. Logo na seqüência, eis que surge um dossiê. Tão misterioso quanto sua autoria, era a sua veracidade. O assunto foi bastante repercutido na época. Supostos autores e supostas acusações foram ventiladas. Mas nenhum dos dois pontos foi esclarecido. Mesmo lutando pelo “alto nível”, Marconi também fez suas acusações. Após o dito cujo, dossiê, foi a vez dele, de apontar o dedo para o DNIT. Outra coisa que caiu no esquecimento.

Marconi, segundo relatos, já visitou todos os 246 municípios de Goiás. Suas passagens são sempre narradas com um entusiasmo, quase que literário, por seus admiradores. Assim como sua mega-convenção, que teve sorte de não ser interditada pelo Corpo de Bombeiros ou pela Defesa Civil, devido ao imenso número de participantes, por questões de segurança, a sua primeira carreata contou com uma “pequena” dose de carinho. Se fossem levadas a sério as narrativas sobre o ato, a sua carreata seria, além da Muralha da China, a única outra obra que poderia ser vista da Lua.

Em 2010, Marconi desponta como líder de qualquer pesquisa elaborada. Conseguiu fazer um considerável número cativo de eleitores. Particularmente, considero as pesquisas espontâneas como mais importantes do que qualquer outra. E vale ressaltar que o tucano é sempre muito bem lembrado nestas que cito.

Na disputa deste ano, Marconi parece vir determinado a se sentar no décimo andar das Esmeraldas. Traz ainda, simpatizantes ou apaixonados, pelo conhecido Tempo Novo. Neste tempo, fez sua parceria com o atual gestor Alcides Rodrigues, que em tempos recentes, foi apontado como traidor pelo senador tucano. Talvez, jamais nenhum de nós, poderá saber o que realmente aconteceu para dar início a esta série de disputas e acusações. Cheira até mesmo a fatores pessoais e políticos do que políticos e pessoais.

Contudo, novos acontecimentos marcaram sua caminhada. Durante a convenção do PP, partido inimigo, Marconi hipotecou sua vaga de vice a Roberto Balestra, que hipotecava seu apoio incondicional a ele. Marcando a convenção do PP como algo jamais visto, na história da política goiana. A mesma vaga, depois da derrota de Balestra, pelo voto dos membros do partido, foi oferecida, para um integrante do DEM.

Voltando às acusações sejam elas falsas ou verdadeiras, o que importa é que elas existiram, supostas fraudes envolvendo a Hospfar, empresa ligada à família de Marconi, foram apontadas em um esquema de desvios de recursos. Este foi outro fato, cujo qual, pouco se sabe sobre seu desfecho.

CPI’s, investigações, acusações, troca de alfinetadas e muito mais, vem fazendo parte da campanha deste forte candidato do PSDB. A mais recente, foi outra acusação de recebimento de propina. Os rumores seriam de que o senador havia recebido cerca de 2 milhões para favorecer frigoríficos. Até então, o caso estava sendo investigado pela Polícia Federal e já havia levado quatro pessoas à detenção.

A convenção tucana foi a primeira a ser transmitida pela internet. Um trabalho, sem sombra de dúvidas, bem elaborada e inovadora, que acredito ter servido de parâmetro para outros candidatos.

Com a proximidade do fim das convenções, a disputa pelo apoio dos Democratas, era mais do que acirrada. Era quase uma questão de vida ou morte. Assim como eu, várias pessoas assistiram envoltas a um misto de confusão e admiração, ou puro e simplesmente, a sensação de não estar entendendo nada. O discurso contundente de Ronaldo Caiado, presidente da sigla em Goiás, justificando os motivos do apoio ao PSDB e a sua saída para campanha solitária, perante a decisão contrária, dos coligados dos Democratas. Caiado sai carregado por membros do partido pela porta da frente do auditório, após seu discurso, e Marconi entra pela porta dos fundos.

O apoio do DEM havia sido conquistado. E muitos acreditam que a indicação de seu vice, uma pessoa desconhecida do meio político-eleitoral, havia sido uma espécie de “presente grego” aos tucanos. Um espinho de peixe a ser engolido pelos tucanos, em troca do apoio de seus membros. Pronto! A vaga de vice da coligação de Marconi estava coberta. Esta havia sido rifada anteriormente, mas que agora, saia a preço de ouro para alguns.

Investindo sempre na difusão das Tecnologias de Informação (TI), Marconi também teve algumas de suas propostas, levadas como objetos de chacotas, como o cheque-muro e a promessa de oferecer um computador a cada criança do sistema público de educação. Isso ajudou a relembrar fatos que vieram à tona neste período eleitoral. Abriu-se então, mais discussões sobre o Centro de Esportes, o CCON, que foi inaugurado em sua gestão mesmo antes de ter sido concluído e novos debates sobre o aeroporto de Goiânia. Este último tem sido o tema que pauta a imprensa nos últimos dias.

Apesar dos pesares, Marconi está aí. Um candidato que jamais deve ser subestimado. Líder nas pesquisas eleitorais já divulgadas. E que com certeza, precisará de muito esforço, aquele que quiser derrotá-lo nas urnas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Iris 2010



No fim do ano passado, muitos se preocuparam com o estado de saúde de Iris Rezende Machado. O então prefeito de Goiânia passou por uma série de exames médicos para averiguar qual seria o seu problema. Passado, aparentemente, este problema, Iris recebe pressões de seu partido para disputar a campanha de governador em 2010. A sua resposta foi um tanto quanto demorada. Fato este, que gerou diversas dúvidas e especulações sobre a pergunta mais freqüente em redes sociais, na mídia e principalmente no PMDB.

Iris é conhecido pelo seu histórico político, além de já ter sido governador do estado. Um nome forte e conceituado devido seu modo de administrar. Conhecido como o “feitor de obras”, Iris é aclamado por várias classes sociais e principalmente as mais humildes. Afinal de contas, este é o candidato que implantou os mutirões sociais e fez muita gente vibrar apenas com a sua presença.

Neste ano, Iris voltou a ser destaque pela incerteza que sinalizava, ao fato de ser ou não, o candidato que representaria o PMDB na disputa majoritária de 2010. Dizem alguns, que a demora de sua decisão gerou um enorme desconforto dentro da cúpula pmdbista. O ex-prefeito nada resolvia e os ânimos se exaltavam. Junto com isso, uma enxurrada de perguntas se formava. Nem o partido, nem membros e muito menos seus seguidores sabiam ao certo qual seria a decisão de seu “mentor.”

Com certeza a escolha não era nada fácil. Deixar de lado mais de dois anos de mandato como prefeito à frente do Paço municipal e disputar uma campanha ao governo, com todos os seus pesos e desgastes, não é lá uma coisa muito fácil de se resolver. De um lado, a família que achava melhor que ele evitasse a correria provocada por mais uma campanha. Do outro lado, a pressão de seu partido para que saísse como candidato de um dos maiores partidos do país. E em sua frente, seus eleitores que esperavam vê-lo novamente no comando do estado.

Após este longo período de incertezas, finalmente, Iris Rezende, decide-se por sair candidato encabeçando a chapa majoritária do PMDB. O candidato era o nome mais consistente que havia dentro do tradicional partido para ser encaminhado para esta disputa. Houve uma grande comemoração pela decisão, do agora ex-prefeito, em disputar o pleito. Ao mesmo tempo, ouvia-se uma serie de murmúrios devido a demora da atitude a ser tomada. Prato quente para alguns adversários. O fato adubou conversas paralelas de que ele não era mais o candidato de pulso firme e decisões sábias. O seu relutar, balançou algumas estruturas do partido. Alguns temiam que isto poderia influenciar negativamente no caminhar da campanha. Já que julgavam ser uma atitude amedrontada, que teve continuidade apenas pela imposição e pressão de terceiros.

Firmada a certeza do lançamento de sua campanha, os problemas agora seriam outros. “Velho, jurássico, ultrapassado, coronel, desatualizado, antigo...” estes eram apenas alguns dos vários adjetivos que recebeu. Para ele a caminhada começava agora.

Durante muito tempo, após a aceitação da disputa, seu nome esteve em evidência. Dentro das redes sociais não se falava em outra coisa. Tornou-se motivo de dúvidas a condição de sua saúde. Será que ele agüentaria mais uma campanha? Línguas mais ousadas chegaram a comentar que o pré-candidato não chegaria vivo até as urnas. Sua saúde foi questionada e vários novos “especialistas médicos”, surgidos sabe-se lá de onde, davam seus diagnósticos a todo instante. Com tantas observações paralelas, o cargo de vice de Iris, passou a ser motivo de desejo e obstinação. Sem contar é claro, de mais adubo para novas ervas a serem plantadas.

Dentro do Twitter, até mesmo um conhecido apresentador, dizia que “Iris já era” e que quem pegasse sua vice, caso eleito, poderia assumir a cadeira verde quando ele “partisse dessa para melhor.” Durante uma rodada de entrevistas, em um programa político, curiosamente, nenhuma afirmação sobre sua saúde ou sobre as “profecias” feitas, foi levantada.

Os sucessivos ataques não pararam por aí. Iris parecia estar a todo vapor. Mostrando uma conhecida vitalidade, familiar dos que o acompanham, participando inclusive, de pequenas maratonas. Se sua saúde estava em dias, passaram a atacar seu estilo. Agora era a sua maneira “franciscana” de fazer política a bola da vez. Alegações de poucos recursos ou controle de gastos, indefinições sobre equipe de comunicação e de marketing e não familiaridade com as novas tecnologias, atualmente muito exploradas no cenário político, renderam ao pmdbista novas críticas e chacotas.

Novamente havia outro fato incomodando a cúpula de seu partido; a lentidão. Muitos se diziam perplexos com a demora na tomada de decisões sobre as estratégias de campanha, definições para a disputa e coisas do tipo. Após as convenções partidárias, o enredo do samba, tornou-se a escolha do seu vice. Para o deleite dos “especialistas”, a argumentação agora era de que seu vice havia sido o único a votar contra as aplicações dos termos do Ficha Limpa. Criatividade em alta.

Teoricamente, superado o “novo fato”, os “olheiros” voltaram seus comentários à sua ausência nas redes sociais. Tornaram o fato dele estar fora delas, como um dos maiores ultrajes da história da política moderna. É criado então, pela equipe de comunicação de Iris Rezende, o seu perfil no Twitter.
Caso você pensou que isso traria paz e que aquietaria o espírito dos observadores, você errou feio. Agora o governadoriável passou a ser criticado porque tinha um Twitter. Seria hilário se não fosse bestial.

Apesar dos pesares, a verdade é que Iris é candidato e vem se apresentando com uma grande aceitação nas últimas pesquisas elaboradas por vários institutos. Os números revelam ainda, que ele agrega um grande número de eleitores fiéis. E promete estar nas primeiras posições desta disputa onde a única coisa que podemos prever é que nada pode ser previsto.

sábado, 10 de julho de 2010

Carreata no Google Earth


Em uma matemática básica, já que não sou tão bom nisso, se considerarmos que um veículo tenha aproximadamente três metros de comprimento, não fazendo distinção entre marca e modelo, com uma margem de segurança de distância de pelo menos dois metros entre eles, teríamos cinco metros de ocupação por veículo.
Em uma carreata com cem mil veículos, como uma que recentemente foi anunciada, a extensão coberta por todos eles, seria de aproximadamente 500 mil metros.
Convertendo essa metragem para quilômetros, teríamos 500 km de extensão. Isso significa que uma carreata deste tamanho, seria o mesmo que termos uma estrada de Goiânia a Chapadão do Céu – GO, que fica distante 503 km da capital, totalmente tomada por carros.
Nesta gigante centopéia, não poderiam entrar ônibus, caminhões e muito menos se fazer ultrapassagens. Teríamos então, um monstruoso engarrafamento por apenas um único candidato.
Supondo que cada um destes 100 mil veículos transportasse pelo menos dois ocupantes, chegaríamos ao total de 200 mil pessoas no mínimo. A este numero, poderíamos somar também, mais pessoas residentes do município sede do comício. Então, teríamos um comício com um número superior a 200 mil espectadores e uma carreata que poderia ser vista do espaço. E tem gente que acredita...