terça-feira, 15 de março de 2011
Se atirar em @22vanderlan acerta @PauloGarciaPT ?
Como tenho dito; “o saco da ambição nunca enche”. E estas são as provas que podemos obter devido aos constantes ataques que algumas pessoas públicas vêem sofrendo no período pós-eleições, já de olho nas próximas eleições. Assim como os trabalhos dos bastidores e articulações para a disputa do Governo de Goiás em 2010, começaram de maneira bastante antecipada, a disputa para prefeitura de Goiânia em 2012, também aflora de maneira precoce.
Já temos pré-candidatos, que apesar de optarem em “esconder o jogo”, deixam claro que estão no páreo para esta disputa de maneira não tão velada assim. Este é o caso do senador reeleito Demóstenes Torres (DEM), e do deputado estadual Fábio Sousa (PSDB). Entre os dois, existem pontos favoráveis para as candidaturas de ambos. O democrata, ao longo dos anos, apresentou um trabalho respeitoso, com ações e propostas que ganharam notoriedade não apenas por suas propostas, mas também, pela eficácia das medidas que foram aplicadas em seus projetos. Enquanto isso, o deputado tucano, conta com o apoio da legenda. Cá para nós, é inegável que o apoio de um partido da conjuntura e peso do PSDB, é um apoio bastante significativo para qualquer pessoa, mesmo para as de menores significâncias.
Antecipando as tendências políticas, alguns partidos já começaram suas campanhas eleitoreiras, de olho comprido na cadeira do Paço Municipal. Mas como seria esta estratégia? Bom, a resposta é simples: O ATAQUE. Na mira da artilharia estão nomes conhecidos e vários outros nomes, que foram embarcados na canoa, na esperança que pelo menos estilhaços, os firam no mínimo de raspão.
A hipótese de filiação do ex-candidato Vanderlan Cardoso ao PMDB, o colocou como alvo principal deste fogo direto. Vanderlan recebe hoje, mesmo estando reservado e silencioso, fortes rajadas da infinita artilharia adversária. A sua possível filiação à legenda de Íris Rezende, também ex-candidato em 2010, parece incomodar inúmeras pessoas. Se o jogo já não fosse conhecido, seria até surpreendente. Mas, feliz ou infelizmente, estas cartas estão “marcadas”. A tática prevê que abrindo ataques a Vanderlan, a uma filiação ao PMDB, ao seu discurso de campanha, ao mote de “diferente” e ao seu apoio à Íris no segundo turno, possam estar eliminando, um possível candidato, a uma nova disputa do candidato ao governo em 2014.
Atacando Vanderlan, esperam ainda, apagar a imagem administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT), já que sua legenda possui aliança com o PMDB. E também pelo fato, de que Paulo ocupa hoje, a cadeira que está dentro dos interesses alheios. Os mesmos que montaram esta situação de sítio para a disputa.
O jogo é sujo, mas ainda não foi visto como imoral. Mas qual seria o plano? Bom, a resposta também é muito simples: atacando Vanderlan e Paulo Garcia, iniciam-se o processo de desconstrução de imagem de ambos os políticos. Vanderlan não pode ser candidato à Prefeitura de Goiânia, pelo fato de ter abdicado do cumprimento do seu mandato, enquanto prefeito de Senador Canedo, para disputar as eleições no ano passado. Este fato o impede de disputar a Prefeitura, apesar de pouco provável que esta fosse a sua intenção, já que o político se laçou a vôos mais altos. Então, a preocupação que Vanderlan gera hoje, em “desafetos políticos”, é a sua possível candidatura ao governo novamente.
Já para Paulo Garcia, sobra a intenção de desqualificá-lo enquanto prefeito da capital. Alegando, a meu ver, erroneamente, que sua administração é apagada e ainda atrelada à administração do ex-prefeito Íris Rezende. Como munição, tenta atribuir a ele não responsabilidades, mas sim, culpas, acerca de temas revirados de forma negativa neste processo. É por este motivo que assuntos como o Zoológico e o Parque Mutirama, se tornaram freqüentes, nas redes sociais e em toda oportunidade que encontram. Ou seja, Paulo está no caminho. Como ele é candidato natural à reeleição, precisa ser eliminado.
Varrendo a estrada agora, apostam alguns, que isso facilitaria a tomada do poder em 2012. Porém um outro lado ainda não foi pensado, ou se foi, foi escondido até agora. Se Desmóstenes tem interesses na disputa do Paço, e Fabio Sousa, aparentemente, tem a benção do PSDB para a mesma disputa, e as duas legendas são aliadas, ou pelo menos “era”, como ficaria esta aliança para o ano que vem? Dois candidatos dentro de uma mesma aliança ou não haveria mais este “acordo de cavalheiros”? Caso isso aconteça, quem ganha mais uma dose de força dentro do DEM é o Deputado Caiado.
Resumo da ópera: batendo agora em Vanderlan, tira ele do governo. Batendo em Paulo Garcia, tira-se ele da prefeitura. Alguns outros, assumem o domínio do estado e de sua capital, e o poderio seria absoluto. De quebra, vão atirando de raspão em pessoas como Ernesto Roller, relembrando a administração de Alcides (missão incumbida a alguns veículos de comunicação), e passamos o trator em cima, dos que cruzarem o caminho.
E olhem que 2012 ainda nem começou. Mesmo assim, Feliz Ano Novo para você e muita sorte. Mas muita sorte mesmo. Vamos precisar.
segunda-feira, 14 de março de 2011
O jornalismo e a política
Todos nós sabemos que a cada dia a política vem se tornando um campo de disputa de profissionais. Sejam eles, agentes políticos ou agentes e veículos de comunicação. A introdução do marketing eleitoral não é uma moda tão antiga no Brasil. Ainda é possível lembrar o período em que esta união foi posta em prática na Federação. Na ocasião, Fernando Collor de Melo, fez bom uso da nova arma. Apesar de ter sido esta mesma casta de profissionais, que apimentaram o seu impeachment. A meu ver a história se equivoca ao afirmar que tudo foi uma manifestação popular. Mas se isso torna nossa gente mais feliz, deixem que acreditem nisso.
A moda tomou conta, com o passar dos anos, dos estados e dos municípios. Exemplos assim, não são difíceis de serem encontrados
Nesta disputa “midiática”, muitos profissionais e veículos de comunicação, acirram o duelo. Os interesses que cercam estes grupos, por mais variados que sejam não se distanciam muito dos propósitos. Porém, existem neste meio, alguns mais discretos e outros, nem tanto.
Porém, independentemente de seus interesses, um veículo de comunicação, jamais deve faltar com o respeito a nenhuma classe. Portanto, qualificar um partido como “destroçado”, talvez não seja uma ação muito coerente. Até onde consta, o jornalismo deve ser factual e imparcial. Defesas abusivas, explicações descabidas e exageradas e críticas grosseiras, jamais devem partir de qualquer um destes veículos, quando estes se afirmam: imparciais.
Ao que podemos ver este ciclo de subserviência entre o jornalismo e a política e o poder, extrapola os limites do respeito, não apenas com quem se sentem no direito de difamar, na tentativa de desconstruir suas imagens. A indignação pode, e sempre atinge aqueles que acompanham suas publicações ou transmissões. Essas reações, quando somadas, geram uma natural quebra da credibilidade que tentam “vender”.
Infelizmente, o nosso jornalismo se tornou enlatado com materiais prontos e engessados. Seus maiores remetentes são os assessores daqueles que são defendidos. A cada edição, maior é o número de materiais assinados pelas redações. Esta seria uma forma de se eximir das responsabilidades de seus próprios atos? Todos nós sabemos que sim. Mas o pior é saber que tudo tende sempre a piorar.
Na pior das hipóteses, a única coisa que nos alegra, é saber que “colegas” de profissão, não estão mais reclamando de salários atrasados. Isto tudo ao preço da desmoralização da categoria. Mas, como dizia o profeta: “O que é de gosto, arregala a vida”!