Todos nós sabemos que a cada dia a política vem se tornando um campo de disputa de profissionais. Sejam eles, agentes políticos ou agentes e veículos de comunicação. A introdução do marketing eleitoral não é uma moda tão antiga no Brasil. Ainda é possível lembrar o período em que esta união foi posta em prática na Federação. Na ocasião, Fernando Collor de Melo, fez bom uso da nova arma. Apesar de ter sido esta mesma casta de profissionais, que apimentaram o seu impeachment. A meu ver a história se equivoca ao afirmar que tudo foi uma manifestação popular. Mas se isso torna nossa gente mais feliz, deixem que acreditem nisso.
A moda tomou conta, com o passar dos anos, dos estados e dos municípios. Exemplos assim, não são difíceis de serem encontrados
Nesta disputa “midiática”, muitos profissionais e veículos de comunicação, acirram o duelo. Os interesses que cercam estes grupos, por mais variados que sejam não se distanciam muito dos propósitos. Porém, existem neste meio, alguns mais discretos e outros, nem tanto.
Porém, independentemente de seus interesses, um veículo de comunicação, jamais deve faltar com o respeito a nenhuma classe. Portanto, qualificar um partido como “destroçado”, talvez não seja uma ação muito coerente. Até onde consta, o jornalismo deve ser factual e imparcial. Defesas abusivas, explicações descabidas e exageradas e críticas grosseiras, jamais devem partir de qualquer um destes veículos, quando estes se afirmam: imparciais.
Ao que podemos ver este ciclo de subserviência entre o jornalismo e a política e o poder, extrapola os limites do respeito, não apenas com quem se sentem no direito de difamar, na tentativa de desconstruir suas imagens. A indignação pode, e sempre atinge aqueles que acompanham suas publicações ou transmissões. Essas reações, quando somadas, geram uma natural quebra da credibilidade que tentam “vender”.
Infelizmente, o nosso jornalismo se tornou enlatado com materiais prontos e engessados. Seus maiores remetentes são os assessores daqueles que são defendidos. A cada edição, maior é o número de materiais assinados pelas redações. Esta seria uma forma de se eximir das responsabilidades de seus próprios atos? Todos nós sabemos que sim. Mas o pior é saber que tudo tende sempre a piorar.
Na pior das hipóteses, a única coisa que nos alegra, é saber que “colegas” de profissão, não estão mais reclamando de salários atrasados. Isto tudo ao preço da desmoralização da categoria. Mas, como dizia o profeta: “O que é de gosto, arregala a vida”!
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