Na grande ciranda de acusações, apontamentos, documentos e investigações que tomaram conta do topo da política brasileira, sendo o tema mais discutido na atualidade, ganhando até repercussão fora do Brasil, eis que se abre mais um capítulo desta estória, que parece não ter fim.
No início encontraram a ponta de um novelo emaranhado. Puxaram, puxaram e nomes começaram a surgir. Na lista gigantesca, apareceram até Fulano e Ciclano ladeando nomes de alta patente de construtoras, estatais, presidência da República e o famoso, Zezinho das Couves.
As torcidas foram se organizando à medida que novas acusações ou provas surgiam. Um saiu do status de presidente e assumiu o posto de “trombadinha”. Sendo acusado até de pequenas faxinas, de onde algumas “coisinhas” sumiram e foram parar em um cofre. Detalhe; as pistas com apontamentos de onde estavam essas “coisinhas”, contou até com bilhete.
Estes elementos, todos unidos, mais lembram uma incrível obra de Francis Ford Coppola. A coisa está realmente tomando ares cinematográficos. Saindo do Apogeu e caindo diretamente no Tártaro, estava uma das personalidades mais populares da nossa história. O ex-presidente, Lula.
No meio das exclamações de “quem diria” ou “eu já sabia”, Lula tornou-se o alvo das lentes, microfones, olhares e apontamentos do Brasil. Em uma cena, era possível ver um Partido dos Trabalhadores, chegando cada vez mais perto da total desgraça. Em outro frame desta sequência, alguns experientes políticos tentaram tirar proveito da situação e reforçar mais suas pré-candidaturas. Afinal de contas, este poderia ser o melhor momento para isto.
Enquanto alguns buscavam a redenção e outros a atenção para seus propósitos, saindo ali bem de fininho, sem querer dar muita conversa, entrevista e rezando para tudo quanto é santo para que fossem esquecidos e se safarem, pelo menos desta vez - já que a coisa estava bem feia - eis que alguém arremessa coliformes em ondas de deslocamento de ar provocados por um grande ventilador, e a coisa esborrifa em todo mundo.
A palavra, Delação Premiada, quase foi substituída no Aurélio, por sinônimos sintomáticos de diarreia, ânsia de vômito, calafrios e tremores, facilmente confundidos com os sintomas do Zika vírus. Porém, o mosquitão não era o Aedes Aegypti, era o Delcídio.
Com as palavras do senhor rechonchudo e de cabelos grisalhos, a espinha de várias feras, que antes urravam a vitória, gelaram. Os sorrisos pertinentes no rosto, mesmo enquanto estava sendo vaiado nas manifestações de domingo, desapareceram da face de Aécio, por culpa dos lábios de Delcídio. Agora a fera mia.
Por esta ninguém esperava. Mas foi o que aconteceu. O Lula foi chamado lá. Pelo visto, o Aécio vai também. Enquanto não se sabe o que ainda vem por ai, é possível ver um monte de gente graúda correndo de um lado para outro. E pelo visto, não estão treinando para as Olimpíadas.
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