segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Causos políticos


Trânsito, transporte coletivo, saúde, educação, cidadania, qualidade de vida, auxílios populares, moradia, centros de excelência, serviço público e outros temas, fazem parte do extenso discurso às vésperas de qualquer eleição no Estado. Os temas são de primordial atenção e de grande importância para os que mais dependem das promessas feitas. A exaltação do vocabulário é elevada ao ápice do orgulho, com peitos estufados, que se enchem ao proferirem: “eu fiz” ou “eu farei”. A força destas palavras enxerta um novo vigor na esperança dos que acreditam, mais uma vez, que tudo terá um final feliz.

Mas até chegar a este final, muita estrada precisa ser percorrida. E sabemos que a distância entre a teoria e a prática real, da solução destes problemas e o cumprimento destes compromissos, é demasiadamente longa. Neste trajeto, muita coisa pode ser perdida ou se perder. Somos bombardeados, todos os dias, com a uma grande quantidade de provas, que mostram o quão dura pode ser percurso e é claro, o tamanho das cobranças e insatisfações que podem vir por trás de delas.

Infelizmente, não podemos nos apegar ao fato de que vivemos em um estado único e que isso só acontece em terras do cerrado. Mas é claro que todos deveriam se preocupar mais com o seu “torrão”. Os problemas existentes aqui, são motivos mais do que suficientes, para merecerem uma atenção maior por parte de qualquer administrador.

Muito precisa ser feito na prática e não apenas em devaneios de discursos eleitoreiros. Falaram que o dinheiro que solucionaria o “buraco Olímpico” estava nas contas e o que faltava era “vontade” para acabar com tal paisagem. Então! Por que ainda o buraco continua lá? Onde está o dinheiro para tal fim? A copa virá mesmo para Goiânia? Se vier, será preciso uma verdadeira olimpíada para que problemas assim sejam solucionados.

Já está tudo “zero bala” naquele local de manifestações culturais, exposições, eventos e não sei mais o quê? O tal espaço, se tornou personalidade de fábulas como o “elefante branco” da nossa história. Enquanto movimentos culturais fazem Rock por ele, a realidade mostra que aquilo virou o “samba do crioulo doido”.

O CRER é realmente algo primoroso. Mas por que só existe um? Coisa boas como ele deveriam existir aos montes, em todos os municípios. Ou pelo menos, em cidades estratégicas que tivessem estrutura para atender adjacências. O Materno Infantil também é referencia. Mas... coitado, tem tantas dificuldades. O pior é que ninguém percebe isso. Será? Mas ninguém fala dele, a não ser que Zacarias separe siameses.

Na verdade, neste monstruoso circo de horrores, as atrações são abundantes. Mas quem se pergunta pelo povo? Talvez ninguém pense nisso. Mas alguém pensou em pedir desculpas para a Cindy, pelo nosso aeroporto. Coisa bacana heim!?. Mas a meu ver, foi um gesto perdido, que serviu apenas para expor, ainda mais, a nossa fragilidade administrativa e as mazelas diárias de quem realmente vive aqui. Acho que a frase correta deveria ser: “Sorry povo goiano”, pois é este povo, que enquanto alguns contam causos, são os que realmente recebem o pito.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo artigo!
    Resumiu o que estamos vivendo, provando com pouco espaço de tempo que nem tudo que reluz é ouro. Como vc disse: Cade a grana do buraco olimpico? Cadê as facilidades? Tudo isso era só pra derrubar o ex governador e o opositor? Ou seja, no meio dessa guerra só existe um derrotado? O povo!
    Abraços e parabéns!

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