domingo, 25 de julho de 2010

Marconi 2010


Não há como duvidar que Marconi Perillo, tem uma grande força política. Em 2.010, o senador veio com força total para disputar as eleições ao Governo do Estado. Marconi é detentor de dois destes títulos e agora busca seu “tri-campeonato”. Embasado no mote de “discurso de alto nível”, Marconi vem arrebatando multidões apaixonadas pela sua trajetória política.

Para muitos, ele trouxe avanços durante o período que habitou a “casa verde”. Para outros, parece ter restado pontas de mágoas, por coisas quase inexplicáveis. Este, talvez, seja um dos motivos que geram tantas críticas ao candidato. Mas sabemos que sobre estes motivos, nada saberemos.

Teoricamente, tentar manter, de maneira celestial, os vindouros discursos, será algo quase que impossível de se fazer. Eu, particularmente, desconheço uma única campanha ao governo do estado, que isso tenha acontecido. E ao que não é preciso ter dons mágicos para perceber, Marconi este ano, pode estar se preparando para enfrentar uma dura artilharia contra ele.

Em campanha para retornar ao Palácio das Esmeraldas, desde que foi para o Senado, o tucano tem se empenhado em ganhar tempo e território nos municípios goianos. É claro que isso lhe oferece vantagem sobre os outros. Mas para quem acompanha a história do chamado “menino da camisa azul”, sabe do grande potencial que tem. Não foi por acaso, que se elegeu ao Senado com uma votação recorde, dentro da política nacional.

Um dos fatos que geraram observações, mais acentuadas, pela ala adversária, foi a divulgação do nome de seu vice logo no início da pré-campanha. Junior Friboi teve seus minutos de fama. Dada como certa sua vaga de vice do senador para as eleições de outubro. Porém, pouco se sabe por qual motivo ele não era mais cogitado para o cargo. Seu nome seria depois, cogitado para a disputa como senador. A notícia não agradou Demóstenes Torres e muito menos Lucia Vânia. Já que, um dos dois, teria que abrir mão da disputa pela reeleição. Logo na seqüência, eis que surge um dossiê. Tão misterioso quanto sua autoria, era a sua veracidade. O assunto foi bastante repercutido na época. Supostos autores e supostas acusações foram ventiladas. Mas nenhum dos dois pontos foi esclarecido. Mesmo lutando pelo “alto nível”, Marconi também fez suas acusações. Após o dito cujo, dossiê, foi a vez dele, de apontar o dedo para o DNIT. Outra coisa que caiu no esquecimento.

Marconi, segundo relatos, já visitou todos os 246 municípios de Goiás. Suas passagens são sempre narradas com um entusiasmo, quase que literário, por seus admiradores. Assim como sua mega-convenção, que teve sorte de não ser interditada pelo Corpo de Bombeiros ou pela Defesa Civil, devido ao imenso número de participantes, por questões de segurança, a sua primeira carreata contou com uma “pequena” dose de carinho. Se fossem levadas a sério as narrativas sobre o ato, a sua carreata seria, além da Muralha da China, a única outra obra que poderia ser vista da Lua.

Em 2010, Marconi desponta como líder de qualquer pesquisa elaborada. Conseguiu fazer um considerável número cativo de eleitores. Particularmente, considero as pesquisas espontâneas como mais importantes do que qualquer outra. E vale ressaltar que o tucano é sempre muito bem lembrado nestas que cito.

Na disputa deste ano, Marconi parece vir determinado a se sentar no décimo andar das Esmeraldas. Traz ainda, simpatizantes ou apaixonados, pelo conhecido Tempo Novo. Neste tempo, fez sua parceria com o atual gestor Alcides Rodrigues, que em tempos recentes, foi apontado como traidor pelo senador tucano. Talvez, jamais nenhum de nós, poderá saber o que realmente aconteceu para dar início a esta série de disputas e acusações. Cheira até mesmo a fatores pessoais e políticos do que políticos e pessoais.

Contudo, novos acontecimentos marcaram sua caminhada. Durante a convenção do PP, partido inimigo, Marconi hipotecou sua vaga de vice a Roberto Balestra, que hipotecava seu apoio incondicional a ele. Marcando a convenção do PP como algo jamais visto, na história da política goiana. A mesma vaga, depois da derrota de Balestra, pelo voto dos membros do partido, foi oferecida, para um integrante do DEM.

Voltando às acusações sejam elas falsas ou verdadeiras, o que importa é que elas existiram, supostas fraudes envolvendo a Hospfar, empresa ligada à família de Marconi, foram apontadas em um esquema de desvios de recursos. Este foi outro fato, cujo qual, pouco se sabe sobre seu desfecho.

CPI’s, investigações, acusações, troca de alfinetadas e muito mais, vem fazendo parte da campanha deste forte candidato do PSDB. A mais recente, foi outra acusação de recebimento de propina. Os rumores seriam de que o senador havia recebido cerca de 2 milhões para favorecer frigoríficos. Até então, o caso estava sendo investigado pela Polícia Federal e já havia levado quatro pessoas à detenção.

A convenção tucana foi a primeira a ser transmitida pela internet. Um trabalho, sem sombra de dúvidas, bem elaborada e inovadora, que acredito ter servido de parâmetro para outros candidatos.

Com a proximidade do fim das convenções, a disputa pelo apoio dos Democratas, era mais do que acirrada. Era quase uma questão de vida ou morte. Assim como eu, várias pessoas assistiram envoltas a um misto de confusão e admiração, ou puro e simplesmente, a sensação de não estar entendendo nada. O discurso contundente de Ronaldo Caiado, presidente da sigla em Goiás, justificando os motivos do apoio ao PSDB e a sua saída para campanha solitária, perante a decisão contrária, dos coligados dos Democratas. Caiado sai carregado por membros do partido pela porta da frente do auditório, após seu discurso, e Marconi entra pela porta dos fundos.

O apoio do DEM havia sido conquistado. E muitos acreditam que a indicação de seu vice, uma pessoa desconhecida do meio político-eleitoral, havia sido uma espécie de “presente grego” aos tucanos. Um espinho de peixe a ser engolido pelos tucanos, em troca do apoio de seus membros. Pronto! A vaga de vice da coligação de Marconi estava coberta. Esta havia sido rifada anteriormente, mas que agora, saia a preço de ouro para alguns.

Investindo sempre na difusão das Tecnologias de Informação (TI), Marconi também teve algumas de suas propostas, levadas como objetos de chacotas, como o cheque-muro e a promessa de oferecer um computador a cada criança do sistema público de educação. Isso ajudou a relembrar fatos que vieram à tona neste período eleitoral. Abriu-se então, mais discussões sobre o Centro de Esportes, o CCON, que foi inaugurado em sua gestão mesmo antes de ter sido concluído e novos debates sobre o aeroporto de Goiânia. Este último tem sido o tema que pauta a imprensa nos últimos dias.

Apesar dos pesares, Marconi está aí. Um candidato que jamais deve ser subestimado. Líder nas pesquisas eleitorais já divulgadas. E que com certeza, precisará de muito esforço, aquele que quiser derrotá-lo nas urnas.

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