segunda-feira, 12 de julho de 2010

Iris 2010



No fim do ano passado, muitos se preocuparam com o estado de saúde de Iris Rezende Machado. O então prefeito de Goiânia passou por uma série de exames médicos para averiguar qual seria o seu problema. Passado, aparentemente, este problema, Iris recebe pressões de seu partido para disputar a campanha de governador em 2010. A sua resposta foi um tanto quanto demorada. Fato este, que gerou diversas dúvidas e especulações sobre a pergunta mais freqüente em redes sociais, na mídia e principalmente no PMDB.

Iris é conhecido pelo seu histórico político, além de já ter sido governador do estado. Um nome forte e conceituado devido seu modo de administrar. Conhecido como o “feitor de obras”, Iris é aclamado por várias classes sociais e principalmente as mais humildes. Afinal de contas, este é o candidato que implantou os mutirões sociais e fez muita gente vibrar apenas com a sua presença.

Neste ano, Iris voltou a ser destaque pela incerteza que sinalizava, ao fato de ser ou não, o candidato que representaria o PMDB na disputa majoritária de 2010. Dizem alguns, que a demora de sua decisão gerou um enorme desconforto dentro da cúpula pmdbista. O ex-prefeito nada resolvia e os ânimos se exaltavam. Junto com isso, uma enxurrada de perguntas se formava. Nem o partido, nem membros e muito menos seus seguidores sabiam ao certo qual seria a decisão de seu “mentor.”

Com certeza a escolha não era nada fácil. Deixar de lado mais de dois anos de mandato como prefeito à frente do Paço municipal e disputar uma campanha ao governo, com todos os seus pesos e desgastes, não é lá uma coisa muito fácil de se resolver. De um lado, a família que achava melhor que ele evitasse a correria provocada por mais uma campanha. Do outro lado, a pressão de seu partido para que saísse como candidato de um dos maiores partidos do país. E em sua frente, seus eleitores que esperavam vê-lo novamente no comando do estado.

Após este longo período de incertezas, finalmente, Iris Rezende, decide-se por sair candidato encabeçando a chapa majoritária do PMDB. O candidato era o nome mais consistente que havia dentro do tradicional partido para ser encaminhado para esta disputa. Houve uma grande comemoração pela decisão, do agora ex-prefeito, em disputar o pleito. Ao mesmo tempo, ouvia-se uma serie de murmúrios devido a demora da atitude a ser tomada. Prato quente para alguns adversários. O fato adubou conversas paralelas de que ele não era mais o candidato de pulso firme e decisões sábias. O seu relutar, balançou algumas estruturas do partido. Alguns temiam que isto poderia influenciar negativamente no caminhar da campanha. Já que julgavam ser uma atitude amedrontada, que teve continuidade apenas pela imposição e pressão de terceiros.

Firmada a certeza do lançamento de sua campanha, os problemas agora seriam outros. “Velho, jurássico, ultrapassado, coronel, desatualizado, antigo...” estes eram apenas alguns dos vários adjetivos que recebeu. Para ele a caminhada começava agora.

Durante muito tempo, após a aceitação da disputa, seu nome esteve em evidência. Dentro das redes sociais não se falava em outra coisa. Tornou-se motivo de dúvidas a condição de sua saúde. Será que ele agüentaria mais uma campanha? Línguas mais ousadas chegaram a comentar que o pré-candidato não chegaria vivo até as urnas. Sua saúde foi questionada e vários novos “especialistas médicos”, surgidos sabe-se lá de onde, davam seus diagnósticos a todo instante. Com tantas observações paralelas, o cargo de vice de Iris, passou a ser motivo de desejo e obstinação. Sem contar é claro, de mais adubo para novas ervas a serem plantadas.

Dentro do Twitter, até mesmo um conhecido apresentador, dizia que “Iris já era” e que quem pegasse sua vice, caso eleito, poderia assumir a cadeira verde quando ele “partisse dessa para melhor.” Durante uma rodada de entrevistas, em um programa político, curiosamente, nenhuma afirmação sobre sua saúde ou sobre as “profecias” feitas, foi levantada.

Os sucessivos ataques não pararam por aí. Iris parecia estar a todo vapor. Mostrando uma conhecida vitalidade, familiar dos que o acompanham, participando inclusive, de pequenas maratonas. Se sua saúde estava em dias, passaram a atacar seu estilo. Agora era a sua maneira “franciscana” de fazer política a bola da vez. Alegações de poucos recursos ou controle de gastos, indefinições sobre equipe de comunicação e de marketing e não familiaridade com as novas tecnologias, atualmente muito exploradas no cenário político, renderam ao pmdbista novas críticas e chacotas.

Novamente havia outro fato incomodando a cúpula de seu partido; a lentidão. Muitos se diziam perplexos com a demora na tomada de decisões sobre as estratégias de campanha, definições para a disputa e coisas do tipo. Após as convenções partidárias, o enredo do samba, tornou-se a escolha do seu vice. Para o deleite dos “especialistas”, a argumentação agora era de que seu vice havia sido o único a votar contra as aplicações dos termos do Ficha Limpa. Criatividade em alta.

Teoricamente, superado o “novo fato”, os “olheiros” voltaram seus comentários à sua ausência nas redes sociais. Tornaram o fato dele estar fora delas, como um dos maiores ultrajes da história da política moderna. É criado então, pela equipe de comunicação de Iris Rezende, o seu perfil no Twitter.
Caso você pensou que isso traria paz e que aquietaria o espírito dos observadores, você errou feio. Agora o governadoriável passou a ser criticado porque tinha um Twitter. Seria hilário se não fosse bestial.

Apesar dos pesares, a verdade é que Iris é candidato e vem se apresentando com uma grande aceitação nas últimas pesquisas elaboradas por vários institutos. Os números revelam ainda, que ele agrega um grande número de eleitores fiéis. E promete estar nas primeiras posições desta disputa onde a única coisa que podemos prever é que nada pode ser previsto.

2 comentários:

  1. Li os dois artigos e parabenizo-o.Corretos e sem paixão.Coisa mto dificil hj em dia.

    @_fredpaiva_

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  2. vc vai dar notibuke pra todos o ESTUDANTES.?.

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