terça-feira, 26 de junho de 2012

“E no Goiás...”




Somente com uma grande jogada de mestre, as coisas em Goiás poderão mudar os rumos. Ou melhor, para quem acredita em milagres, essa seria uma excelente hora, para que um acontecimento celestial desses acontecesse na vida de alguns que estão passando noites em claro.

Com os sucessivos episódios calamitosos, em que o PSDB tem se envolvido, até mesmo para os mais adestrados defensores, está difícil segurar todas as rachaduras do dique aparentemente, não irá suportar por muito mais tempo, toda essa pressão que tem sofrido. Mesmo que tentem tapar os buracos e evitar os vazamentos de maneira esdrúxula, a esfola do poder goiano é diária.

Depois de ter tentado encarnar algum tipo de “herói” antecipando-se à sua convocação pela CPMI do Cachoeira, Marconi, o rapaz do discurso bonito e senhor do tempo dos parlamentares, deixou os membros um tanto quanto mais curiosos sobre as ilações de seu nome e associações ao nome de Cachoeira, o empresário.

O depoimento de Alexandre Milhomem, o arquiteto que foi contratado para fazer pequenas mudanças na casa temporária de veraneio do Sr. empresário e sua digníssima esposa, a loira Andressa, colocou alguns pontos de interrogação sobre as palavras proferidas pelo líder maior do PSDB goiano em seu depoimento. O maior choque comparando os depoimentos de Milhomem e Marconi são referentes às datas que sugerem que o imóvel já contava com a visitação freqüente e aparente propriedade do casal. O que demonstra indícios de que a bem-dita casa, havia sido “negociada” antes da data garantida pelo governador.

Um pouco mais cedo, antes do depoimento do arquiteto na CPMI, foi a vez do depoimento de Wladmir Garcez, tido como um dos tentáculos de Cachoeira nos seus “negócios empresariais”. Garcez é o mesmo que não quis falar na CPMI, mas abriu o verbo na CPI da ALEGO. Essa CPI, conforme me foi confirmado por um tucano de rapina, membro da mesma, é um contrapeso à CPMI que foi criada, exclusivamente, como ponto de apoio ao governador do estado. Ou seja, mais circense que a nacional, a CPI goiana não possui fundamentos lógicos ou transparentes.

Garcez reafirmou que o jornalista Luiz Carlos Bordoni, estava utilizando de métodos não muito ortodoxos, aproveitando de supostas ligações a Demóstenes, quase cassado, para conseguir patrocínios em cotas consideráveis que viria do bolso do bicheiro-empresário, Cachoeira.

Novamente foi utilizada a tática de “antecipação” por parte dos citados e dos envolvidos na Operação Monte Carlo. A todo instante, Garcez tentou desqualificar Bordoni, uma vez que pareceu se sentir à vontade para verbalizar diante da bancada goiana. Um fato estranho, pois na mais importante, o jovem comediu as palavras e declarações de tal maneira, que no depoimento do governador, o mesmo se assegurava, a todo o momento, embasado no que Garcez havia dito. Complexo não é mesmo?

Porém logo pela manhã, o jornal O Popular trazia uma colheita interessante. Em suas páginas figuravam palavras contundentes de uma empresária, laranja-falante, que deu mais uma apimentada no molho que parece que irá cozinhar algumas pessoas, políticos e cargos.

Em um dia de surpresas, onde tivemos uma laranja-falante, um comedido-sem-travas, um ex-parceiro chamado de jornalista-louco, um grego no molho tártaro, um arquiteto sem importância que virou a Scania na contra-mão das palavras belíssimas do governador, sugiu até um major que disse ter recebido ordens para deixar os jogos ilegais “de boa”.

Segundo o major da PM Uziel Nunes, houveram ordens vindas do secretário de Segurança Pública, como publicado pelo Jornal Opção neste link http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/major-afirma-que-recebeu-ordens-para-nao-coibir-jogos-ilegais

Com tamanha fragilidade, negada por alguns poucos dentro do ninho tucano, eis que surgem comentários mornos e sem tanta animação de alguns remanescentes, sobre o nome do próximo a ser sacrificado pela legenda. Agora como indicado, pelo partido e não pela base, o deputado Fabio Sousa está sendo preparado para o rolete. Convidados para a festa afirmam que ele é o melhor nome e que sempre apostaram nele. Mesmo sendo bonitas as palavras, admito, na minha ignorância, que não entendi se ele é o melhor, por qual motivo teria ficado por último na escolha.

As pessoas que exaltavam Leonardo Vilela, depois João Campos e que cogitaram um outro nome inexpressivo para a disputa ontem, são os mesmos que de sorriso amarelo, enaltecem a suposta pré-candidatura de Sousa, que ao que parece, ainda precisará de aprovação da base. Um balaio de gatos que mostra o quanto o partido se fragilizou nestes últimos meses de holofotes. Isso soa mais como uma espécie de participar apenas por participar. Coitado do jovem político em um lançamento casual, que figura ter sido feito, apenas para não ser mais um nome natimorto.

Em um estado revirado como está Goiás, até os ditados tomam forma contrária. Dizem que deve-se aproveitar a oportunidade de ficar calado em muitos casos. Mas para a Dona Íris, ela perdeu uma ótima oportunidade de falar o que era preciso. Já que sua “ética” não foi o suficiente para que a CPI da ALEGÓRICA ALEGO deixasse de pedir a quebra dos sigilos de Íris Rezende e Paulo Garcia.

Goiás é como os artistas Patati e Patátá. Aqui tudo está sendo feito para sorrir e brincar. Vergonha alheia, pouca é bobagem! 

Um comentário:

  1. http://boquirroto.wordpress.com

    Dá uma força, Souza! Confira meu novo blog!!

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