Não durou muito a união do ex-prefeito de Senador Canedo e
empresário Vanderlan Cardoso e o PMDB. Pouco mais de um ano após ter se unido
ao grupo, o empresário entregou nesta quarta-feira, 20, sua carta de
desfiliação da legenda. Após as eleições para o governo do estado em 2010,
Vanderlan deixou o PR e se filiou ao partido Irista.
Durante esse período, circulou por várias cidades goianas, e
alimentou a expectativa de ser o nome certo para 2014, em mais uma disputa
eleitoral pela busca da cadeira verde. No entanto, já era esperado, há muito
tempo, a sua asfixia partidária, desde quando a possibilidade do romance
cogitou ser feita.
Vanderlan buscou dentro do partido, um espaço maior e o
apoio do grupo PMDBista, para se lançar candidato ao governo de Goiás no
próximo pleito. Porém, ao que tudo
indica a única coisa positiva que pode ser sinalizada, foram apenas andanças
pelos municípios goianos, articulando propostas que não seriam para sua própria
candidatura. Ou seja, o político perdeu um ano de trabalhos, dentro de uma
legenda que com certeza, pretende lançar novamente o nome de Íris Rezende como
governador.
Apesar dos desencontros, é pouco provável que Vandelan não
soubesse que este seria um risco que correria ao entrar no grupo. O PMDB é um
partido tradicional e um dos maiores do estado e do Brasil. Em Goiás, segue sob
a regência da batuta de Íris há décadas. Existem fortes rumores de que outro
nome cotado para 2014 no partido, seria o de Dona Íris, atualmente deputada federal.
Deixando claro que o empresário não era visto nem mesmo, como a segunda opção
pelos correligionários.
Estes boatos ou fatos podem ter exercido um papel de peso na
decisão de deixar a sigla e tentar outros vôos. Há quem diga que Vanderlan sai
magoado com Íris. Dentro do partido, as primeiras informações, mostravam que
alguns membros estavam convictos que Vanderlan, não teria feito em sua curta
estadia, nada que pudesse aglutinar apoio de seus pares para fortalecer a
propositura de seu nome naquilo que buscava.
Uma das opções apontadas pelos donos da casa, é a de que o
empresário não teria “aberto os bolsos” para a defesa das “causas” partidárias.
Independente dos comentários, reais, fictícios ou não, tudo leva a crer em um
perfeito estado de desarmonia entre os envolvidos. Afirmam que Íris havia
prometido total apoio a Vanderlan, quando o mesmo era enamorado a compor o
primeiro escalão do grupo.
A notícia do desligamento deixou alguns membros de partido
em uma espécie de “frisson” que soou descaradamente artificial. Membros e
simpatizantes do principal adversário do grupo o PSDB, cogitaram o nome do
ex-membro durante todo o dia. Assim como já acusavam Íris Rezende de exercer o
“coronelismo” partidário há mais de 50 anos.
Neste aspecto, não há muito que difere PMDB e PSDB no
estado. Sem dúvidas, o tucano Marconi Perillo e Íris Rezende, são os dois
maiores nomes da política goiana em relevância nacional, juntamente com o quase
finado político e senador Demóstenes Torres, sem partido. Marconi, que na
juventude, foi membro entusiasta do PMDB, herdou muito da “maneira de fazer
política” de Íris. Quase uma costela de seu criador. Também é notório que os
dois partidos, sofram da mesma doença, o “Eucaliptismo
Político”. Há bastante tempo não surgem nomes promissores nas duas siglas.
Quando há alguma aposta nova, logo são abortados prematuramente.
"Neste um ano de PMDB, não tenho nada do que reclamar.”
A afirmou Vanderlan, que disse ainda ter definido sua saída de maneira pacífica
com Íris Rezende. Mesmo que sua conversa e decisão de partida tenha sido
pacífica, muitas pessoas nas redes sociais parecem querer apimentar os
comentários, fazendo ilações de uma hipotética turbulência nessas águas.
Alguns tucanos afoitos chegaram a semear boatos de que ele
se aliaria à base de Marconi, sorrindo respondeu: “Estamos num projeto de
oposição ao governo”. Isso machucou tucanos, como um balde de água fria nos
ânimos e nos comentários, que pudessem existir sobre a possibilidade de união a
simpatizantes da sigla. Vanderlan tende a decidir ainda entre dois partidos
para filiar-se, o PSC e o PDT. Pelo visto, o projeto de disputa em 2014,
continua latente em seus ideais e disse que sua saída o deixa ainda mais
animado para a disputa.
Enquanto tucanos afirmam que Íris não quer largar o “osso” e
comemoram a perda de um membro do PMDB, os ex-anfitriões garantem que ele
sempre teve as portas mais do que abertas na legenda. Pelo visto, os boatos e
justificativas estão longe de ter um fim, mas já tem gente de olho em uma
suposta dobradinha entre Vanderlan e Junior Friboi, que agora entra na
conversa, como uma possibilidade futura. Resta esperar.
Informações colhidas com alguns políticos e profissionais do marketing, a ele só estavam solicitando sua participação financeira e era muito alto o pedágio.
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