quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Vanderlan veio, mas já foi...



Não durou muito a união do ex-prefeito de Senador Canedo e empresário Vanderlan Cardoso e o PMDB. Pouco mais de um ano após ter se unido ao grupo, o empresário entregou nesta quarta-feira, 20, sua carta de desfiliação da legenda. Após as eleições para o governo do estado em 2010, Vanderlan deixou o PR e se filiou ao partido Irista.

Durante esse período, circulou por várias cidades goianas, e alimentou a expectativa de ser o nome certo para 2014, em mais uma disputa eleitoral pela busca da cadeira verde. No entanto, já era esperado, há muito tempo, a sua asfixia partidária, desde quando a possibilidade do romance cogitou ser feita.

Vanderlan buscou dentro do partido, um espaço maior e o apoio do grupo PMDBista, para se lançar candidato ao governo de Goiás no próximo pleito.  Porém, ao que tudo indica a única coisa positiva que pode ser sinalizada, foram apenas andanças pelos municípios goianos, articulando propostas que não seriam para sua própria candidatura. Ou seja, o político perdeu um ano de trabalhos, dentro de uma legenda que com certeza, pretende lançar novamente o nome de Íris Rezende como governador.

Apesar dos desencontros, é pouco provável que Vandelan não soubesse que este seria um risco que correria ao entrar no grupo. O PMDB é um partido tradicional e um dos maiores do estado e do Brasil. Em Goiás, segue sob a regência da batuta de Íris há décadas. Existem fortes rumores de que outro nome cotado para 2014 no partido, seria o de Dona Íris, atualmente deputada federal. Deixando claro que o empresário não era visto nem mesmo, como a segunda opção pelos correligionários.

Estes boatos ou fatos podem ter exercido um papel de peso na decisão de deixar a sigla e tentar outros vôos. Há quem diga que Vanderlan sai magoado com Íris. Dentro do partido, as primeiras informações, mostravam que alguns membros estavam convictos que Vanderlan, não teria feito em sua curta estadia, nada que pudesse aglutinar apoio de seus pares para fortalecer a propositura de seu nome naquilo que buscava.

Uma das opções apontadas pelos donos da casa, é a de que o empresário não teria “aberto os bolsos” para a defesa das “causas” partidárias. Independente dos comentários, reais, fictícios ou não, tudo leva a crer em um perfeito estado de desarmonia entre os envolvidos. Afirmam que Íris havia prometido total apoio a Vanderlan, quando o mesmo era enamorado a compor o primeiro escalão do grupo.

A notícia do desligamento deixou alguns membros de partido em uma espécie de “frisson” que soou descaradamente artificial. Membros e simpatizantes do principal adversário do grupo o PSDB, cogitaram o nome do ex-membro durante todo o dia. Assim como já acusavam Íris Rezende de exercer o “coronelismo” partidário há mais de 50 anos.

Neste aspecto, não há muito que difere PMDB e PSDB no estado. Sem dúvidas, o tucano Marconi Perillo e Íris Rezende, são os dois maiores nomes da política goiana em relevância nacional, juntamente com o quase finado político e senador Demóstenes Torres, sem partido. Marconi, que na juventude, foi membro entusiasta do PMDB, herdou muito da “maneira de fazer política” de Íris. Quase uma costela de seu criador. Também é notório que os dois partidos, sofram da mesma doença, o “Eucaliptismo Político”. Há bastante tempo não surgem nomes promissores nas duas siglas. Quando há alguma aposta nova, logo são abortados prematuramente.

"Neste um ano de PMDB, não tenho nada do que reclamar.” A afirmou Vanderlan, que disse ainda ter definido sua saída de maneira pacífica com Íris Rezende. Mesmo que sua conversa e decisão de partida tenha sido pacífica, muitas pessoas nas redes sociais parecem querer apimentar os comentários, fazendo ilações de uma hipotética turbulência nessas águas.

Alguns tucanos afoitos chegaram a semear boatos de que ele se aliaria à base de Marconi, sorrindo respondeu: “Estamos num projeto de oposição ao governo”. Isso machucou tucanos, como um balde de água fria nos ânimos e nos comentários, que pudessem existir sobre a possibilidade de união a simpatizantes da sigla. Vanderlan tende a decidir ainda entre dois partidos para filiar-se, o PSC e o PDT. Pelo visto, o projeto de disputa em 2014, continua latente em seus ideais e disse que sua saída o deixa ainda mais animado para a disputa.

Enquanto tucanos afirmam que Íris não quer largar o “osso” e comemoram a perda de um membro do PMDB, os ex-anfitriões garantem que ele sempre teve as portas mais do que abertas na legenda. Pelo visto, os boatos e justificativas estão longe de ter um fim, mas já tem gente de olho em uma suposta dobradinha entre Vanderlan e Junior Friboi, que agora entra na conversa, como uma possibilidade futura. Resta esperar. 

Um comentário:

  1. Informações colhidas com alguns políticos e profissionais do marketing, a ele só estavam solicitando sua participação financeira e era muito alto o pedágio.

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