sábado, 6 de novembro de 2010

A corrida das eleições


Uma semana após o fechamento do período eleitoral é possível ver que o debate sobre política ainda está longe de terminar. Por qualquer lugar que se vá em Goiânia, as urnas, ainda são um forte apelo às rodas de conversa de vários segmentos. Após os estados terem preenchido as futuras vagas de suas Assembléias e Palácios, além da escolha de seus senadores, as atenções se voltaram à Alvorada. E lá está a primeira mulher presidente do país.


Como serão as administrações, daqueles que foram legitimados pela obrigatoriedade do voto da nação, ninguém pode prever. Mas as deduções podem ser lançadas aos passos largos do que rege a nossa Constituição. Democracia é tudo.


A diferença é que agora temas como pesquisas de intenção de votos, terrorismo, quebra de sigilo, contas dentro ou fora, farc’s, empresas de energia, operantes ou inoperantes, morre não morre, prefeitos, aliados, dissidentes, desconhecido, jornais, imprensa, patati-patátá não são mais importantes ou ouvidos. Estes temas caíram. Já eram.


A política não se renovou, mas renovaram-se os assuntos, agora temos: passagem de governo, inaugurações em uma semana, melhores governos de vidas, o Lula nos bastidores da Lula, CPMF, vagas nos ministérios, secretarias, quem assume o quê, eu quero isso, ele vai para lá, esse vem para cá, sigilo, anúncios, expectativas, angústias e decepções. E no fim do ciclo, tudo se repetirá. É isto que acontece no intervalo das eleições. É algo parecido com a fome. Aquela sensação de vazio entre o almoço e o jantar.


Muito se viu em 2.010 e muito se espera para ver em 2.011. Na verdade as eleições ainda não acabaram principalmente nas redes sociais. Os ativistas digitais já se preparam para a próxima. Mas não esquecem a última. Comentei, há alguns dias, que por enquanto, estes espaços ainda servem mais para cobrar do que para beneficiar. É uma via de mão dupla, mas de pistas estreitas. Desgastes houve, mas tirando alguns poucos, a grande maioria ainda esbanja plena adrenalina em suas motivações e explanações. Ainda não me atreveria a dar um prognóstico sobre os efeitos futuros de tudo isto. Mas sabemos que estas ferramentas, ainda podem oferecer uma grande gama de benefícios, maiores que seus efeitos, mas que ainda não foram exploradas.


Perante tudo isso, fica a certeza de que, daqui para frente, as campanhas eleitorais ficarão cada vez mais, tecnológicas. Fato que se assemelha a Formula 1. A corrida nas pistas depende de um bom piloto e uma excelente equipe. Na disputa pelo poder as coisas não serão mais resolvidas apenas com os braços. Haverá sempre computadores controlando as suspensões, que nem sempre, são tão independentes assim. As notícias deram várias voltas nestas pistas. Algumas se perderam pelo caminho, outras foram alteradas ou manipuladas. Mas mesmo assim, agora foi provado que no século XXI, a informação tem realmente a velocidade da luz. A luz do LCD.

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