sexta-feira, 28 de outubro de 2011
FANTASMAS DE AGOSTO IV
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
FANTASMAS DE AGOSTO III
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
FANTASMAS DE AGOSTO II
sábado, 27 de agosto de 2011
FANTASMAS DE AGOSTO I
terça-feira, 21 de junho de 2011
O direito deles e a sua religiosidade
Mesmo sendo comum um gelo no estômago, quando o Jornal Nacional menciona qualquer coisa sobre Goiás, ainda não me acostumei com o fato de que, quando isso acontece, estamos na mídia nacional fazendo bobagens. A mais recente delas foi assinada por um magistrado. Bacana não é mesmo? Nos damos agora ao direito, de aparecer nacionalmente, fazendo bobagens assinadas por homens “letrados”.
Não sou homo e nem homo fóbico! Será que é tão difícil falar isso?
Bom, isso depende. Depende muito da maneira como você ou qualquer pessoa queira enxergar essa situação. Pelo visto, excelentíssimo senhor “doutô injuíz” da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas, têm uma visão cômica sobre o assunto.
O homem da justiça fez uma interpretação bem bacana sobre a decisão do TSF. Contestou a decisão do Supremo, alegou que a Corte não seria competente para alterar a Constituição Federal, utilizou-se do artigo 226, determinou comunicado a todos os Cartórios de Registros de Goiânia acerca de união de casais do mesmo sexo e passou a régua. “Satis verborum.”
Tudo bem! Tudo bem! Tudo bem...!!! Não sou o tipo de cara que possam falar que entendo tudo sobre Leis. Concordo. Mas peralá; ele pode fazer isso?
Se Liorcino Mendes e Odílio Torres foram o primeiro casal a oficializar seu enlace, após a aprovação da união homo afetiva, foram também, detentores de outro título. O título de “humilhados nacionalmente por ignorância de homo fóbicos”.
Agora chegou a melhor parte do assunto. Essa parte se chama: desavenças. É neste momento que o texto vai ficando mais tenso. Você lê e me questiona, indaga, discorda, me xinga, critica e mais outras coisas. E eu gosto disso. Então vamos lá. Muitos manifestantes de siglas simpatizantes às atividades gays se mobilizam para tentar reverter o fato acorrido aqui no nosso quinhão de estado. Enquanto eles lutam para conquistar, o que eu concordo que seja direito deles existe, outro lado, totalmente contrario às suas ações.
Esse lado pode ter vários nomes e discrepâncias. É claro que não irei generalizar a todos do segmento, mas também não me desculparei com ninguém que se sinta ofendido. É neste ponto que batemos de frente com a RELIGIÃO e seus seguidores, fiéis e religiosos. Alguns são alienados, fanáticos e dissimulados. Outros buscam ibope, holofotes e mídia. Outros assumem discursos desconexos, esdrúxulos e hipócritas. Mas é claro que não posso falar isso para ninguém. Já que é um fator étnico. E qualquer coisa que eu fale poderá ser interpretada de uma maneira que favoreça apenas um lado. E com certeza, não será o meu.
Assim como é para mim, poderá ser para muitos outros pais, que terão que explicar aos seus filhos, por que os homens se beijam ou se casam. Mas será que seria fácil explicar a eles, por que homossexuais são agredidos, ultrajados ou obrigados a viverem diferentemente de outras pessoas? Como explicar também, por que crianças de colo são violentadas e mortas por seus pais? Por que mulheres são estupradas e agredidas por seus companheiros, que coincidentemente, a maioria é contra a união homossexual?
De um lado, pessoas se apegam à Bíblia para justificar sua postura. Mas esquecem que no mundo terrestre, esse mundinho aqui que vivemos, existem outros dois livros, um chamado de Civil e outro de Penal, que também ditam regras. Mesmo sabendo que não vem ao caso meu ateísmo, prefiro acreditar nesses dois “livrinhos” que temos aqui embaixo, do que num código de conduta e moral, celestial e divina, que eu nem sei se é verdade ou não. Tem gente que vai falar e dar excessos de certezas de que é.
Pronto! Agora sim temos um impasse e eu acabo de adquirir o ódio de muitos de vocês. Que legal! Já posso me preparar para as pessoas que irão me dizer coisas do tipo: “você não é ateu, é à toa”, “Deus precisa tocar no seu coração”, “Deus fez Adão e Eva e não Adão e Ivo” (essa é tensa), e blábláblá....
Nas redes sociais, religiosos tomam os espaços que podem, para justificar seus pensamentos. Direito deles. Afirmam que falar, contrariamente, sobre a união gay, é uma liberdade de expressão. É verdade! Homofobia religiosa nas redes sociais, agora é liberdade de expressão. Achei foi legal o termo, pois isso minimiza os danos deste artigo, uma vez que também estou emitindo minha opinião.
Acredito que todos nós tenhamos espaço nesse mundo de ignorâncias. Mas algumas “tribos” crêem que tenham mais direitos que outros. Nunca vi uma manifestação contra uma igreja que compre uma rádio, mas deixe outra “tribo”, fazer o mesmo. Será um “sacripanta”. Um escarcéu. Um furdunço só. O Divino será ativado. O pecado será o tema da vez. E haverá uma manifestação generalizada, contrária a isso. Mas apenas alguns, poderão dominar as rádios e TV’s, jornais e revistas, pontos comerciais para novas igrejas e templos “megaputaqueparívelmente” gigantes. Mas ficaria sempre uma pergunta: onde está o seu direito? Onde está o direito de nossos semelhantes, que são gays, mas pagam impostos e tenham sentimentos, mesmo que diferente dos seus? E onde foi escrito mesmo, aquela paradinha, que fala que o Estado é Laico?
Agora você tem todo o direito de discordar disso. Desde que os seus direitos e vontades, não tentem ceifar os meus.
Qualquer coisa comenta aí em baixo. Prometo irmão, publicar todos eles. Uma vez que afirmei, que todos nós, devíamos respeitar os alheios.
sábado, 9 de abril de 2011
Feliz dia do jornalista! (Atrasado)
- Puxa vida, que professor chato...
- Adoro telejornalismo. Deve ser legal aparecer na TV não é mesmo?
- O quê? Estágio só depois do sétimo período? Pôxa, vou estar quase me formando...
- Agora eu sou formado (a)...
- Até que enfim saiu meu registro...
- Como assim? Não precisa mais de diploma?
- É eu queria TV, mas meu amigo montou um jornal e pediu minha ajuda...
- Caraca, você já viu o salário do Bonner?
- Desde a faculdade ele (a) sempre foi assim...
- Quando fizer um ano que me formei, não serei mais foca...
- Posso fazer um salário legal. Jornalista só trabalha 4 horas por dia. Posso ter mais de um emprego.
- Nossa, acham sempre que todo jornalista é viado...
- Putz...tem viado de mais...
- Aff... não tem nem gravador?
- Ei colega, me ajuda a arrumar um trabalho? Tive que sair do jornal.
- Olá! E a revista te pagou, ou ainda estão te enrolando?
- Ahhh, vamos marcar com a turma para tomar uma.
- O quê? Minha a pauta caiu de novo?
- Me colocaram no plantão desse fim de semana de novo...
- Trabalho de domingo a domingo. Não tenho nem feriado...
- A grana ta curta. Não ta dando pra nada...
- De manhã to no jornal e a tarde fazendo assessoria...
- Eu sou assessor...
- Eu odeio assessor que não sabe atender nem informar o que precisamos...
- É tenso! Mais de 30 minutos no telefone e o assessor não sabe de nada...
- To tentando marcar entrevista mas não consigo localiza-lo...
- Não atende o celular.
- Desligou. Não quer falar.
- Nossa. Cortaram a metade do meu texto! #$%¨*
- Você acredita que ele ainda queria ver o que escrevi antes da matéria pronta?
- Na hora da entrevista ele queria falar o que eu deveria escrever.
- Se formou na Federal. Por isso é assim...
- Se formou em particular. Por isso é assim...
- Cadê o motorista? O quê? Não tem carro?
- Preciso andar logo, tenho outra pauta para cobrir antes de fechar a edição.
- Meu cabelo está bom?
- Posso entrar?
- Vou fazer essa passagem rapidinho. O sol está muito quente.
- Várias pessoas estão desaparecidas. As chuvas não param.
- A população está inconformada...
- Mais um caso de gêmeos siameses é atendido no Materno Infantil...
- Espera... eu estou suando...
- Deve estar dando pra alguém. Subiu muito rápido.
- Vamos criar um perfil e só falar coisas difíceis?
- De agora em diante, vamos falar só nomes de bebidas bacanas e lugares caros...
- Fui demitido (a)...
- Estou fumando muito...
- Estou tomando muito café...
- Acabou o café da copa?
- Você tem um cigarro?
- Estou virando as noites...
- Putz... que porre. Estou de ressaca.
- O salário ta muito baixo...
- Esse povo da Tv se acha...
- O pessoal do impresso se acha...
- Que voz feia. Como ela foi parar no rádio?
- A greve dos médicos continua...
- Centenas de pessoas estão sem atendimento...
- Os riscos de uma contaminação são grandes...
- É... o político quer me processar...
- Ele me processou...
- Chega pra lá. Também estou trabalhando...
- Ele deu um chá de cadeira em todo mundo e não falou com ninguém.
- Abaixa um pouco sua câmera...
- Nesta manhã, os motoristas tiveram uma surpresa nas bombas de combustíveis.
- Ainda não sabemos ao certo o que aconteceu. Vamos tentar chegar mais perto...
- Aqui ta legal? Ta pegando aquele fundo ali? Pode começar?
- Daqui os tiros já podem ser ouvidos...
- Nesta manhã, o Brasil amanheceu de luto...
- Lembra da foto do “Menino e o abutre”?
- Boa noite!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Falta ética e sobra hipocrisia
Hoje ao observar as conversas de meus amigos muitos virtuais e vários pessoais, me deparei com a seguinte pergunta: “ENQUETE ÉTICA: Vc. Acha que jornalista pode e deve ter lado político? E se tiver, o jornalista deve revelar qual é o seu lado?”.
A pergunta é extremamente interessante, mas talvez, não seja muito fácil de ser respondida. A questão entre o jornalismo e a tão famosa, dita e imaginária ética, sempre foi e sempre será, uma máscara de dois lados. Particularmente, tenho lá minhas dúvidas sobre o verdadeiro sentido da palavra “ÉTICA”. A meu ver, a ética é algo próprio e individual. Uma espécie de “código de conduta”, onde cada qual pode alterá-lo ou reescrevê-lo, ao seu bem próprio, segundo seus interesses.
Atrevo a comparar a ética com a humildade. Entendo que são duas palavras de peso, mas que são facilmente confundidas. Para mim, a humildade consiste no poder, que cada um tem, sobre o direito de reconhecerem suas limitações. Sabendo respeitar as distâncias entra sua capacidade de poder, ser, saber ou agir em comparativos feitos, de si mesmo, com outros que lhes sirvam de exemplo. Para outros, a humildade é vista como a obrigação que você tem em comer os excrementos que outros descarregam.
A “ÉTICA” pode ser assim, uma bandeira ilusória, que muitos citam na tentativa de se tornarem mártires, buscando uma realização pessoal, profissional ou apenas uma encenação para esconderem suas próprias hipocrisias. Aliás, gosto muito da palavra “HIPOCRISIA”. Ela serve para definir bem a personalidade de muitas pessoas que encontramos no dia-a-dia.
Mas voltando à enquête lançada, jornalista deve ter lado político sim! Porém, antes de ter lado político, o jornalista ou profissional de comunicação deve ter, acima de tudo, bom senso. Isso mesmo. Bom senso. Esta é uma qualidade que todos deveriam ter, não apenas jornalistas, mas todos os profissionais de qualquer área.
O jornalismo e seus membros se tornam alvos fáceis desta discussão. Afinal de contas, somos nós, os primeiros a noticiar as coisas que acontecem em nosso meio habitual de vivência e atuação.
Mesmo acreditando que essa “parcialidade” deve existir, mesmo sabendo que todos deveriam ser imparciais, sei assim como você, que a imparcialidade também ficou nas aulas teóricas sobre jornalismo. Mas é aí que entra aquele “negocinho”, o bom senso.
Sabemos que existem vários tipos de jornalistas. E quando falo isso, não falo de tipos de personalidades. Falo sobre tipos de atuação. No meio político temos vários tipos e vários nichos de trabalho. Eu por exemplo, sou um jornalista de agência. Então, meu foco é tornar a vida de meus assessorados a mais tranqüila possível. Eu posso ter lado, opinião e ações que buscam favorecer esses clientes. Estou sendo antiético? Não.! Estou fazendo meu trabalho da maneira como foi solicitado e buscando atender as exigências de quem precisa dos meus préstimos. Aviso: apenas em horário de trabalho. Sei que pode ser meio confuso isso tudo. Mesmo sabendo que não sou, em muitas vezes, o tão imparcial como manda a cartilha ética, acho que também não deixo a ética de lado, fazendo o que tenho que fazer. Complexo não é mesmo? Sei que muitos irão discordar. Mas como a ética é minha, eu a reescrevo dentro dos meus próprios interesses. Mandem a conta que depois eu pago o preço pelas minhas palavras.
Mas existe outro tipo de jornalista. Esse tipo trabalha para veículos de comunicação, onde a grande maioria usa bordões de imparcialidade, mas que para funcionarem, precisam de verba. E nós sabemos de onde vem essa verba. Voltando aos jornalistas, estes sim devem ter um cuidado maior não apenas com a qualidade de seu trabalho, mas também, com aquilo que representam. Considero que seja um pouco mais complicado trabalhar em uma rádio, TV, jornal, revista ou site em que você deve, obrigatoriamente, estar se policiando.
Não adianta você dizer que o veículo de comunicação, no qual você trabalha, é imparcial e na verdade ele não ser. Não adianta um veículo se por a uma posição intocável e irretocável quanto sua credibilidade e assim como seus jornalistas “imparciais”, darem explícitas demonstrações contrárias às suas versões ou ações.
Nesse emaranhado de gato, o que reflete é a opinião de quem recebe sua informação. Você jornalista de lado definido, pode ter sua opinião sim, mas deve se ater ao “BOM SENSO” de saber como expor isso. Se quer realmente ser um formador de opiniões. Falar que ter lado e achar que isso é ter uma espécie de credibilidade, pode até ser, mas propaganda explícita, peleguismo, puxa-saquismo, subserviência pública e escancarada, que chega a ferir a paciência alheia, já se torna “HIPOCRISIA”.
Ser FAKE de jornalista de transparência, também não esta com nada. Tenho muitos amigos na profissão, que tem seus lados políticos definidos, e que executam um primoroso trabalho profissional. Isso é fácil de fazer. E poderia enumerar vários nomes aqui, que tenho certeza que você poderia não compreender, mas sei que concordaria, simplesmente pela postura que eles tem como profissionais.
Portanto, vemos que ter lado não é difícil nem é proibido. O difícil mesmo, é saber como você pode influenciar positiva ou negativamente com o seu lado e com suas opiniões, por vezes, cômicas. Quanto à imparcialidade, ela fica por conta de cada um. Mas desde que saibam que se dizer “imparcial”, implica uma responsabilidade muito grande, onde as maiores cobranças, surgem daqueles acompanharam suas notícias. Você se torna um pedaço de carne exposto em um açougue. Dependerá muito, do seu consumidor, definir o que você pode parecer para ele. Uma carne de primeira ou de segunda.
terça-feira, 15 de março de 2011
Se atirar em @22vanderlan acerta @PauloGarciaPT ?
Como tenho dito; “o saco da ambição nunca enche”. E estas são as provas que podemos obter devido aos constantes ataques que algumas pessoas públicas vêem sofrendo no período pós-eleições, já de olho nas próximas eleições. Assim como os trabalhos dos bastidores e articulações para a disputa do Governo de Goiás em 2010, começaram de maneira bastante antecipada, a disputa para prefeitura de Goiânia em 2012, também aflora de maneira precoce.
Já temos pré-candidatos, que apesar de optarem em “esconder o jogo”, deixam claro que estão no páreo para esta disputa de maneira não tão velada assim. Este é o caso do senador reeleito Demóstenes Torres (DEM), e do deputado estadual Fábio Sousa (PSDB). Entre os dois, existem pontos favoráveis para as candidaturas de ambos. O democrata, ao longo dos anos, apresentou um trabalho respeitoso, com ações e propostas que ganharam notoriedade não apenas por suas propostas, mas também, pela eficácia das medidas que foram aplicadas em seus projetos. Enquanto isso, o deputado tucano, conta com o apoio da legenda. Cá para nós, é inegável que o apoio de um partido da conjuntura e peso do PSDB, é um apoio bastante significativo para qualquer pessoa, mesmo para as de menores significâncias.
Antecipando as tendências políticas, alguns partidos já começaram suas campanhas eleitoreiras, de olho comprido na cadeira do Paço Municipal. Mas como seria esta estratégia? Bom, a resposta é simples: O ATAQUE. Na mira da artilharia estão nomes conhecidos e vários outros nomes, que foram embarcados na canoa, na esperança que pelo menos estilhaços, os firam no mínimo de raspão.
A hipótese de filiação do ex-candidato Vanderlan Cardoso ao PMDB, o colocou como alvo principal deste fogo direto. Vanderlan recebe hoje, mesmo estando reservado e silencioso, fortes rajadas da infinita artilharia adversária. A sua possível filiação à legenda de Íris Rezende, também ex-candidato em 2010, parece incomodar inúmeras pessoas. Se o jogo já não fosse conhecido, seria até surpreendente. Mas, feliz ou infelizmente, estas cartas estão “marcadas”. A tática prevê que abrindo ataques a Vanderlan, a uma filiação ao PMDB, ao seu discurso de campanha, ao mote de “diferente” e ao seu apoio à Íris no segundo turno, possam estar eliminando, um possível candidato, a uma nova disputa do candidato ao governo em 2014.
Atacando Vanderlan, esperam ainda, apagar a imagem administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT), já que sua legenda possui aliança com o PMDB. E também pelo fato, de que Paulo ocupa hoje, a cadeira que está dentro dos interesses alheios. Os mesmos que montaram esta situação de sítio para a disputa.
O jogo é sujo, mas ainda não foi visto como imoral. Mas qual seria o plano? Bom, a resposta também é muito simples: atacando Vanderlan e Paulo Garcia, iniciam-se o processo de desconstrução de imagem de ambos os políticos. Vanderlan não pode ser candidato à Prefeitura de Goiânia, pelo fato de ter abdicado do cumprimento do seu mandato, enquanto prefeito de Senador Canedo, para disputar as eleições no ano passado. Este fato o impede de disputar a Prefeitura, apesar de pouco provável que esta fosse a sua intenção, já que o político se laçou a vôos mais altos. Então, a preocupação que Vanderlan gera hoje, em “desafetos políticos”, é a sua possível candidatura ao governo novamente.
Já para Paulo Garcia, sobra a intenção de desqualificá-lo enquanto prefeito da capital. Alegando, a meu ver, erroneamente, que sua administração é apagada e ainda atrelada à administração do ex-prefeito Íris Rezende. Como munição, tenta atribuir a ele não responsabilidades, mas sim, culpas, acerca de temas revirados de forma negativa neste processo. É por este motivo que assuntos como o Zoológico e o Parque Mutirama, se tornaram freqüentes, nas redes sociais e em toda oportunidade que encontram. Ou seja, Paulo está no caminho. Como ele é candidato natural à reeleição, precisa ser eliminado.
Varrendo a estrada agora, apostam alguns, que isso facilitaria a tomada do poder em 2012. Porém um outro lado ainda não foi pensado, ou se foi, foi escondido até agora. Se Desmóstenes tem interesses na disputa do Paço, e Fabio Sousa, aparentemente, tem a benção do PSDB para a mesma disputa, e as duas legendas são aliadas, ou pelo menos “era”, como ficaria esta aliança para o ano que vem? Dois candidatos dentro de uma mesma aliança ou não haveria mais este “acordo de cavalheiros”? Caso isso aconteça, quem ganha mais uma dose de força dentro do DEM é o Deputado Caiado.
Resumo da ópera: batendo agora em Vanderlan, tira ele do governo. Batendo em Paulo Garcia, tira-se ele da prefeitura. Alguns outros, assumem o domínio do estado e de sua capital, e o poderio seria absoluto. De quebra, vão atirando de raspão em pessoas como Ernesto Roller, relembrando a administração de Alcides (missão incumbida a alguns veículos de comunicação), e passamos o trator em cima, dos que cruzarem o caminho.
E olhem que 2012 ainda nem começou. Mesmo assim, Feliz Ano Novo para você e muita sorte. Mas muita sorte mesmo. Vamos precisar.
segunda-feira, 14 de março de 2011
O jornalismo e a política
Todos nós sabemos que a cada dia a política vem se tornando um campo de disputa de profissionais. Sejam eles, agentes políticos ou agentes e veículos de comunicação. A introdução do marketing eleitoral não é uma moda tão antiga no Brasil. Ainda é possível lembrar o período em que esta união foi posta em prática na Federação. Na ocasião, Fernando Collor de Melo, fez bom uso da nova arma. Apesar de ter sido esta mesma casta de profissionais, que apimentaram o seu impeachment. A meu ver a história se equivoca ao afirmar que tudo foi uma manifestação popular. Mas se isso torna nossa gente mais feliz, deixem que acreditem nisso.
A moda tomou conta, com o passar dos anos, dos estados e dos municípios. Exemplos assim, não são difíceis de serem encontrados
Nesta disputa “midiática”, muitos profissionais e veículos de comunicação, acirram o duelo. Os interesses que cercam estes grupos, por mais variados que sejam não se distanciam muito dos propósitos. Porém, existem neste meio, alguns mais discretos e outros, nem tanto.
Porém, independentemente de seus interesses, um veículo de comunicação, jamais deve faltar com o respeito a nenhuma classe. Portanto, qualificar um partido como “destroçado”, talvez não seja uma ação muito coerente. Até onde consta, o jornalismo deve ser factual e imparcial. Defesas abusivas, explicações descabidas e exageradas e críticas grosseiras, jamais devem partir de qualquer um destes veículos, quando estes se afirmam: imparciais.
Ao que podemos ver este ciclo de subserviência entre o jornalismo e a política e o poder, extrapola os limites do respeito, não apenas com quem se sentem no direito de difamar, na tentativa de desconstruir suas imagens. A indignação pode, e sempre atinge aqueles que acompanham suas publicações ou transmissões. Essas reações, quando somadas, geram uma natural quebra da credibilidade que tentam “vender”.
Infelizmente, o nosso jornalismo se tornou enlatado com materiais prontos e engessados. Seus maiores remetentes são os assessores daqueles que são defendidos. A cada edição, maior é o número de materiais assinados pelas redações. Esta seria uma forma de se eximir das responsabilidades de seus próprios atos? Todos nós sabemos que sim. Mas o pior é saber que tudo tende sempre a piorar.
Na pior das hipóteses, a única coisa que nos alegra, é saber que “colegas” de profissão, não estão mais reclamando de salários atrasados. Isto tudo ao preço da desmoralização da categoria. Mas, como dizia o profeta: “O que é de gosto, arregala a vida”!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Causos políticos
Trânsito, transporte coletivo, saúde, educação, cidadania, qualidade de vida, auxílios populares, moradia, centros de excelência, serviço público e outros temas, fazem parte do extenso discurso às vésperas de qualquer eleição no Estado. Os temas são de primordial atenção e de grande importância para os que mais dependem das promessas feitas. A exaltação do vocabulário é elevada ao ápice do orgulho, com peitos estufados, que se enchem ao proferirem: “eu fiz” ou “eu farei”. A força destas palavras enxerta um novo vigor na esperança dos que acreditam, mais uma vez, que tudo terá um final feliz.
Mas até chegar a este final, muita estrada precisa ser percorrida. E sabemos que a distância entre a teoria e a prática real, da solução destes problemas e o cumprimento destes compromissos, é demasiadamente longa. Neste trajeto, muita coisa pode ser perdida ou se perder. Somos bombardeados, todos os dias, com a uma grande quantidade de provas, que mostram o quão dura pode ser percurso e é claro, o tamanho das cobranças e insatisfações que podem vir por trás de delas.
Infelizmente, não podemos nos apegar ao fato de que vivemos em um estado único e que isso só acontece em terras do cerrado. Mas é claro que todos deveriam se preocupar mais com o seu “torrão”. Os problemas existentes aqui, são motivos mais do que suficientes, para merecerem uma atenção maior por parte de qualquer administrador.
Muito precisa ser feito na prática e não apenas em devaneios de discursos eleitoreiros. Falaram que o dinheiro que solucionaria o “buraco Olímpico” estava nas contas e o que faltava era “vontade” para acabar com tal paisagem. Então! Por que ainda o buraco continua lá? Onde está o dinheiro para tal fim? A copa virá mesmo para Goiânia? Se vier, será preciso uma verdadeira olimpíada para que problemas assim sejam solucionados.
Já está tudo “zero bala” naquele local de manifestações culturais, exposições, eventos e não sei mais o quê? O tal espaço, se tornou personalidade de fábulas como o “elefante branco” da nossa história. Enquanto movimentos culturais fazem Rock por ele, a realidade mostra que aquilo virou o “samba do crioulo doido”.
O CRER é realmente algo primoroso. Mas por que só existe um? Coisa boas como ele deveriam existir aos montes, em todos os municípios. Ou pelo menos, em cidades estratégicas que tivessem estrutura para atender adjacências. O Materno Infantil também é referencia. Mas... coitado, tem tantas dificuldades. O pior é que ninguém percebe isso. Será? Mas ninguém fala dele, a não ser que Zacarias separe siameses.
Na verdade, neste monstruoso circo de horrores, as atrações são abundantes. Mas quem se pergunta pelo povo? Talvez ninguém pense nisso. Mas alguém pensou em pedir desculpas para a Cindy, pelo nosso aeroporto. Coisa bacana heim!?. Mas a meu ver, foi um gesto perdido, que serviu apenas para expor, ainda mais, a nossa fragilidade administrativa e as mazelas diárias de quem realmente vive aqui. Acho que a frase correta deveria ser: “Sorry povo goiano”, pois é este povo, que enquanto alguns contam causos, são os que realmente recebem o pito.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Quem é o marginal?
Brilhante e perspicaz. É assim que qualificam a operação da Polícia Federal. A ação batizada de “Sexto Mandamento” buscou desmantelar e prender militares membros de “supostos” grupos de extermínio. A ação é legal e necessária. Se existem abusos, estes abusos devem ser cessados.
A Operação levou à prisão, vários policiais militares das mais variadas patentes, dos mais rasos aos mais graduados. Uma coisa linda! Anos de investigações, estudos, grampos telefônicos, documentos, provas e blá blá blá. Coisa de cinema. Moral da história: Goiás nas manchetes (novamente fazendo cagada), militares marginalizados (não digo que não existam culpados ou errados), fogos de artifício (bum, bum, bum) e a notícia na mídia durante vários dias. E agora? O que de fato aconteceu? “Mermão, de qual que é a parada”?
As opiniões das pessoas tomam as mais variadas vertentes. Os militares presos, já foram algemados e imediatamente condenados pela grande massa da opinião publica, antes mesmo de serem embarcados pela “gloriosa, competente, límpida e transparente POLÍCIA FEDERAL”.
Os melhores investigadores do país estão lá. Os melhores delegados estão lá. Os melhores agentes estão lá. E foram estes “melhores” que tiveram participação nas ultimas ações da PF no Estado. Quem se lembra da operação realizada na cidade de Jaraguá no primeiro semestre de 2010? Acho que se chamava Piratas SA. Aquela ação que queria acabar com a pirataria têxtil na cidade. Lembrou? Aquela ação que mostrou imagens de policiais federais invadindo residências, acho que tinham mandato. Que tinha aquele, altamente preparado policial federal, apontando uma arma para duas meninas deitadas no chão ainda com suas roupas de dormir. Que filmaram imagens de homens e mulheres sendo retirados de suas camas, à força, logo no amanhecer do dia. Cheguei até a escrever algo sobre o assunto aqui http://pontogeral2.blogspot.com/2010/04/piratassa-acao-nao-legitimada-pelo.html
Mas voltemos ao assunto da moda. O Sexto Mandamento parece ter nascido no meio de um furacão, onde algumas pessoas chamam de justiça e outras de politicagem.
De um lado estão familiares de pessoas desaparecidas. Algumas sem terem pistas e talvez esta pudesse ser a hora de colocar a culpa
Do outro lado, temos a ala militar. Pais, mães, filhos, irmãos, irmãs... Ou seja, mais gente que também busca justiça. Mas de qual justiça estão falando? Milhares de homens e mulheres promovem a segurança pública de Goiás todos os dias. Estas pessoas também tem família. Mas e daí? Para a grande maioria das massas isso não importa. A população põem a boca no mundo e fala sua opinião. Camarada teve carro multado, caiu em blitz, levou baculejo ou qualquer coisa do tipo e já acredita que a polícia é corrupta. Isso é natural nessa minha gente. Cidadão não se sente satisfeito com algo do Estado em que reside e já veste logo a beca de juíz e manda todo mundo pro pau. Execução sumária. “Polícia é tudo bandido”. Para muitos esta é a regra.
Noticiaram que muitos desaparecidos não possuíam passagem pela polícia. Mas quantos marginais estão à solta e que nunca foram presos. Então eles são “ficha limpa” não é verdade? Até procuro evitar minha opinião extrema no meu texto, para não ser chamado de anti-Cristo. Mas enquanto cidadão, que depende de segurança pública, assim como a minha família, amigos, chegados, bródis ou seja lá o que for, me sinto igualmente indignado, tanto quanto estes que, popularmente e precipitadamente, julgaram os policiais investigados.
Aliás, as precipitações foram abundantes neste caso. É notório a intervenção política no caso. Por um lado é bom e necessária. Pois se trata de um assunto de ordem publica e interesse público. E acredito que seja para isso que existam os políticos. Não condeno a comitiva que vai até o presídio federal, em Mato-Grosso do Sul, averiguar a situação dos policiais detidos. Os direitos humanos briga pelos direitos de muitos marginais todos os dias. Se os policiais militares são mesmo assassinos, então eles são marginais. Se eles também são marginais, qual a diferença entre eles e os outros marginais presos? Então ele também tem direitos humanos. E fim de papo.
Agora, querer condenar, ainda mais os suspeitos, sendo que já foram liberados alguns deles por falta de provas, e lhes aplicar uma pena ainda maior não passa de demagogia e desconhecimento de causa.
Esta manchete suja não apenas o nome da Polícia Militar de Goiás, como também suja o nome do Estado de Goiás. O pior é que estamos na mídia o tempo todo por causa de uma ação que acontece em todos, eu digo TODOS, os estados brasileiros. Se existem policiais sendo marginalizados, o Poder Público tem que agir sim. Se existem policiais “marginais” o Poder Público tem a obrigação de agir mais ainda. Um preso comum não ostenta o nome de instituições públicas como estes militares presos. O dinheiro público é gasto com presidiários todos os dias e ninguém fala nada. Mas agora estão se achando no direito de falar da “beatificação do dinheiro público” pelo fato de políticos goianos irem até o MS averiguar as condições de membros da corporação. Eles tem que ir mesmo. São policiais nossos, que sendo culpados ou não, devem ser condenados apenas após julgamento. E são eles que representam a PMGO, sendo bons ou não.
A maior vergonha nessa história é a de misturar interesses públicos aos interesses particulares. Vergonha é tentar sujar o trabalho de um outro, apenas por interesse político, enquanto o maior problema continua sem solução. Culpar governos, ex-secretários, antigas administrações ou falar que já sabia desta investigação é fácil. Mas e as soluções?
Nesta busca insana e irresponsável de buscar culpados, misturar política com justiça, opinião pública emocionada e de literalmente tentar “fritar” adversários políticos, o assunto “Sexto Mandamento” se perde e as soluções e provas da verdade se tornam cada vez mais distantes. E digo que entre um marginal de gravata, bermudas ou de farda, prefiro o de farda. Acredito que ele tenha um pouco mais de ética que os demais.