Recentemente o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), passou por um dos momentos mais conturbados de sua administração, diante do comando municipal. Seu nome era estampado em vários assuntos negativados pela oposição, além de ter se tornado o alvo preferido, tanto da base, quanto dos próprios adesistas palacianos.
Para piorar ainda mais situação, as tão esperadas obras do Mutirama, não caminhavam. Não sabia-se por qual motivo, mas as coisas “travaram” de uma forma inexplicável. A crise tomou conta da prefeitura da capital, alastrando-se a algumas secretarias. Consequentemente, os responsáveis pelas mesmas, também foram envolvidos em uma série de denúncias.
Foram várias acusações, deturpações e ataques diretos que pesaram contra ele. O tão falado parque, o Mutirama, construído no final da década de 60, transformou-se em uma farta munição de bombardeio político-eleitoral.
Após uma série de especulações, o prazo determinado para a conclusão das obras, estava no fim. Muitos acreditaram que esta seria uma ranhura bem profunda nas intenções da reeleição de Paulo. No meio de toda esta bagunça, também passou a ser criticado pelo uso de seu perfil no Twitter. A ferramenta que sempre utilizou de maneira assídua, assim que passou a comandar o Paço, para estar sempre em contato direto com os outros usuários, apreciadores ou não do seu trabalho, agora era um terreno hostil.
Aproveitando da oportunidade, outros políticos vislumbraram a fragilidade do momento, para intensificarem a antecipação da campanha eleitoral. A situação era oportuna. Planfletagens, discursos efusivos, brados de corrupção, desvios, irregularidades, superfaturamentos e morosidade eram ouvidos por todos os cantos. Surgiram aí, novos pré-candidatos para a disputa de 2012.
O cargo passou a ser visto como uma realidade próxima de vários candidatos que entravam na disputa. As nítidas impressões que se tinha do prefeito, eram de abatimento e preocupação. No andar da carruagem, as coisas se complicavam a cada dia que se passava e o tempo se esgotava.
Quando era dado como certo o seu arrebatamento, eis que surge uma explicação para tanta urucubaca que se instalou nos ombros do prefeito. Alguns trechos das escutas telefônicas, daquele menino peralta e que começava a ganhar fama nacional, o Carlinhos, revelaram algo surpreendente. Um pedido simples e amigável, daqueles que se pede todos os dias para amigos de bom coração, trouxe a tona a explicação para tantas perguntas sem respostas.
Um amigo do Carlinhos ajudou o peraltinha a colocar areia no algodão doce da criançada que esperava, ansiosamente, a conclusão das obras do parque para poderem brincar.
O empresário estava por trás das armações que atrasaram a conclusão do Mutirama. A descoberta ecoou para a população como surpresa, até para nós que estávamos acompanhando cada passo do caso, e como um balde de água gelada, nos ânimos dos mais apaixonados, pelas acusações que faziam.
Com o silêncio que tomou conta da outra ala, as obras voltaram à sua continuidade e as coisas deram uma acelerada no canteiro. Pelo visto, a cabeça de burro que assombrava o Mutirama, havia sido desenterrada. O prefeito parecia revigorado. Também, quase nada comentou sobre o assunto, mas sua expressão era nitidamente, mais animadora.
Como dizem que; “depois da tempestade vem a bonança”, a sorte sorriu novamente para o petista. Seu possível adversário, o de maior peso, Demóstenes Torres, abriu mão da disputa das eleições municipais, preferindo ficar no Senado. Automaticamente, Leonardo Vilela, foi o nome escolhido para a briga pela cadeira. Com o tucano, veio uma listagem de candidatos que queriam entrar no jogo.
Seriam vários nomes para preencher estas eleições, até que outros áudios caíram do céu, e os pré-candidatos, aparentemente, também caíram. Mas estes eram nomes de pouca expressão. Do tipo que estão no patamar de “cumprir tabela de campeonato.”
Teoricamente, o tucano Vilela, seria o páreo mais duro de Paulo Garcia. Mas não durou muito. O Ex-secretário também foi citado nas gravações da Monte Carlo. Isso abalou bastante o lado de lá da força, em uma novela que se arrasta a passos mínimos, dando a certeza, que muito ainda há por vir. Mesmo o aguaceiro tendo, praticamente, varrido seus adversários.
Afortunadamente, Paulo Garcia, parece ser o preferido deste ano. Com os ventos soprando em céu de brigadeiro para ele, são mínimas as chances da sua não-reeleição. Os adversários, estão mais preocupados em se justificarem diante das citações que foram envolvidos. Isso dá a Paulo, uma larga vantagem para trabalhar seus projetos municipais e pessoais, visando as urnas de outubro.
Enquanto o “bicho pega”, o prefeito aperta o passo, em uma corrida quase solitária a mais quatro anos à frente da prefeitura de Goiânia, com motivos de sobra para comemorar essa reviravolta que o mundo político deu. A disputa quase beira o famoso “WO”. Trocando em miúdos, Paulo Garcia, parece ser só sorrisos ultimamente. Merecido? A oposição ainda acha que não.
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