sábado, 14 de abril de 2012

Quais os efeitos do #FORAMARCONI?

Se existem sinônimos que possam expressar os fatos ocorridos hoje, devido a manifestação do movimento #FORAMARCONI, eu gostaria de arriscar alguns palpites.

Desordeiros, dissimulados, despreparados, arruaceiros, malandros, adesistas, inescrupulosos, oportunistas, hipócritas, despreparados, pilantras, ordinários, demagogos, salafrários, larápios, gatunos, camaleões, parasitas, vermes, bajuladores, pelegos, capachos, baba-ovos, ordenhadores, falcatrueiros, carcarás, ratos, equivocados, etc...etc...etc...

É claro que existem centenas de milhares de outros sinônimos e adjetivações cabíveis, para intitular os iludidos defensores do atual governo, nas redes sociais, nesta manhã. Diante do volume de pessoas, lacaios governistas, iniciaram uma série de ataques infundados nas redes sociais. Atiravam para todos os lados, no simples intuito de desmerecerem os efeitos da marcha organizada por cidadãos goianienses.





 O movimento #FORAMARCONI, pode ter sim sua origem, orientação, repercussão e ideais questionados. Questionados sim, mas jamais qualificados como unicamente político. Apesar do que, este tipo de ação, sempre gera e desperta interesses políticos, principalmente neste período turbulento, em que o estado se encontra.

Segundo a defesa da maioria, a iniciativa foi tomada por movimentos apartidários, que se colocavam contra as posturas que julgavam inapropriadas na atual gestão. Durante um período, não tão longo de divulgação, a causa foi tomando corpo e voz. É lógico que neste meio tempo, muitos visionários políticos, viram a oportunidade de pegarem uma beirinha.

Incoerente seria dizer que não existam interesses políticos acompanhando todo esse alvoroço. Mais incoerente seria dizer, que ninguém sabia disso. Que era um a coisa inadmissível. Todos sabem que coisas assim, acontecem pelo fato de insatisfações, válidas ou não, de grupos de posicionamento e ideais diferentes.





Que seriam vistas bandeiras partidárias ou alguns representantes destes partidos, estava na cara. Mas sob nenhuma circunstância o movimento pode ser desqualificado ou considerado mínimo. Muito menos banalizado. Aliás, o que se viu nas redes, por parte dos que foram obrigados, foram ações quase que terroristas, por parte de apaixonados, que tentam mostrar serviço a qualquer custo. Sem nenhum pudor ou critério de senso do ridículo.

Há tempos venho alertando, que uma das maiores barreiras que este governo enfrenta, é justamente, a equipe que lhe cerca. São por estas ações irresponsáveis, que muitos são obrigados a ler em suas TL’s, coisas escritas por pessoas, igualmente irresponsáveis, como esta:


Consciência é uma coisa que algumas pessoas possuem. Não posso afirmar que o autor da declaração, na imagem anterior, seja detentor de tal virtude. Uma observação, que  facilmente pode ser feita diante da série, sem cálculos, das inúmeras críticas que o cidadão apresentado acima, coleciona em seu histórico de defesas questionáveis. Sem aprofundar na resolução deste mistério, o mesmo propôs, quase de imediato, a tentar reverter o que milhares de seguidores leram. Então, em mais uma tentativa frustrada, eis sua explicação:


Bom, que as interpretações fiquem a critério de cada um dos leitores. Não debaterei o óbvio aqui. Mas analiso que ações do tipo, sirvam apenas, para prejudicar um governo que apresenta sinais claros de desgastes.

Também é notório, que o número de participantes presentes no movimento, é bem inferior ao número de inscritos nos canais WEB e que haviam confirmado sua presença. Mas isso não significa que não tenha surtido efeito e muito menos, não tenha alcançado seu objetivo.

Admito que este simples blogueiro havia questionado, e muito, a possível falta de foco nas justificativas de se realizar este manifesto. Mas diante do caminhar da carruagem, confidenciei a amigos em um café que freqüento, no dia de ontem, que era possível o ato ganhar mais adeptos, durante o seu acontecimento, provocado pela repercussão da narrativa dos fatos na rede.





Hoje é possível mensurar, o poder que vem sido alcançado com esta nova ferramenta de comunicação. Legitimamente popular ou não, o #FORAMARCONI, ao meu ver, alcançou seu objetivo. Tolice seria dizer que ele não mexeu com as estruturas palacianas e que não tenha colocado o governo em uma saia pra lá de apertada.

A coisa apertou tanto, que servidores de altos cargos estaduais, como da AGECOM, se apressaram em unir forças aos seus remanescentes e resistentes aliados, para juntos, tentarem minimizar estes efeitos.

Questiono se isso também tenha sido uma ação inteligente. Mas talvez, eu não tenha esse direito. Por não me considerar esquerdista e muito menos da situação, creio que minha opinião não venha a ter algum valor para este debate. Mas, como o blog é meu, e ninguém é obrigado a lê-lo, posso escrever o que me dá vontade. E neste momento, estou com uma tremenda vontade de falar, que esse papo de apresentação dos Bombeiros e a grande quantidade de policiais na Praça Cívica, não dá pra engolir.

Até fiquei surpreso com o anúncio destas “apresentações”, apenas um dia antes da movimentação na praça. Ou seja, não houve uma cobertura descente, sobre uma ação dessa importância para a população. Ontem, sexta-feira 13, é que eu ouvi algo muito superficial. Mesmo assim, soou como um prelúdio de uma estratégia mal elaborada por parte da situação. Manifestantes reclamaram, que o acesso ao interior da praça, foi prejudicado por este motivo, e que a presença de tanto policiamento, era uma tentativa de repressão velada por parte do governador.


Acompanhando as informações de manifestantes e as críticas dos defensores, ao que parece, o movimento foi engrossado, pela união de populares que se mostraram favoráveis às ações dos que haviam sido chamados de marginais, por pessoas de caráter e histórico questionáveis. 






Mesmo sendo algo incomum, e ainda questiono os motivos, o povo mostrou um forte poder opinativo, com auxilio ou não de partidos políticos. Também não entrarei neste mérito. Segundo algumas informações que obtive, acompanhando as redes, está marcado um novo manifesto para o dia 21, apenas um dia após o prazo dado pelos professores, para resolverem suas diferenças sobre questões monetárias da categoria.

Caso aconteça mesmo esta segunda movimentação, antecipo o palpite, mesmo tendo queimado a minha língua sobre a primeira, que a próxima poderá causar um barulho ainda maior. Os palacianos e serviçais sabem disso. E não me assustarei, caso veja, daqui pra frente, ataques contra o governo municipal, por parte de estaduais, para tentarem antecipadamente, sabotar o próximo manifesto.

Mesmo não tendo a devida atenção da mídia local, por enquanto, devido suas proporções, o #FORAMARCONI serviu para provar que quando existe uma união, as cosias podem acontecer. Mesmo que não venha a passar de um alerta. Mas tenho certeza que esse alerta também serve, para fazer o estado repensar em algumas ações. Este pode ter sido apenas um trovão de uma forte tempestade que se aproxima.

As provas estão aí. Foi impossível dar os créditos a tantas imagens que consegui capturar dos “retuítes” na rede. Mas como tento me basear por fatos, e diante do tamanho descrédito que as pessoas pró-governo faziam dos manifestantes, perguntei se algum deles possuía uma foto que pudesse comprovar que a movimentação era realmente pífia. Mas a única imagem que consegui para ilustrar a resposta de minha pergunta aos apaixonados políticos, foi esta:








  

3 comentários:

  1. Existem três tipos de jornalistas em Goiás: os omissos, os que não sabem escrever e os que não são lidos. Os que não são lidos não têm espaço ou por incompetência, ou por serem honestos. Os que não sabem escrever são instantaneamente contratados pelo governo: sequazes dóceis. Muitos dos omissos são competentes e precisam sobreviver. Para estes, não há possibilidade de dignidade sem omissão. Alguns trabalham para veículos de maior circulação e devem atender às exigências dos editores. Outros atuam de forma independente e detêm certo prestígio justamente por serem omissos. Por detrás dessa omissão está uma mistura de medo com necessidade, o que ratifica que a mídia em Goiás não exerce sua principal função: a de fiscalizar o poder.

    Não há sociedade avançada que não detenha um jornalismo avançado. Jornalismo avançado é justamente o que é proibido de se fazer em Goiás. O poder em Goiás não é fiscalizado pela imprensa, que mantém com o governo uma relação promíscua. É uma troca de favores na qual o jornalismo deixa de ser investigativo e fiscalizador para receber maior quinhão com propaganda estatal, o que é uma dos maiores responsáveis pelo atraso social e econômico de certas comunidades. Isso parece ser cultural em Goiás. Não existe por aqui um jornalista realmente crítico e competente que trabalhe em meios de maior circulação. Não há jornalismo investigativo. Denúncias são apenas mostradas quando resvaladas pela imprensa nacional. Onde prevalece a omissão no jornalismo, domina o desmando e o atraso social.

    A cobertura da manifestação FORAMARCONI é a prova mais cabal do atraso institucional que vive a imprensa goiana. Alguns omissos trataram de negligenciar o evento, porquanto os editoriais, vinculados às verbas estaduais, temem ferir os interesses de homens públicos comprometidos com o marketing oportunista. Outros, não menos omissos, acríticos e profundamente relativistas diligenciaram questionar a legitimidade do protesto. Não se sabe dizer o que escreveram os que não são lidos. Por outro lado, os que não sabem escrever se valeram de linguagem ofensiva e torpe para tentar denegrir a imagem da manifestação perante a opinião pública. A imprensa de Goiás pode ser definida em três parágrafos. Três parágrafos que explicam toda a nossa miséria, atraso e infância.

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